Rondônia, 23 de dezembro de 2025
Polícia

Agiotas colombianos cobravam juros extorsivos diários e chegaram há cinco anos em Porto Velho

O delegado Iury de Medeiros, que coordenada a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco) 1, deu detalhes da Operação Medelín, deflagrada na manhã desta quarta-feira (28) contra agiotas, em sua maioria de nacionalidade colombiana, em Porto Velho. Três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, apontados como os líderes do grupo, foram alvos da operação.

Os policiais apreenderam cinco veículos, aproximadamente R$ 5 mil em espécie e uma máquina de contar cédulas. “Os investigados relataram que vieram para a capital, há aproximadamente cinco anos, com esse objetivo, emprestar dinheiro para pessoas, inclusive os juros cobrados eram diários”, detalhou Iury de Medeiros. 

Ainda durante as buscas, foram apreendidos aparelhos celulares, e cadernos de anotações, com mais de 100 nomes de pessoas, que podem ter emprestado dinheiro do grupo criminoso. “Todo o material será analisado para que as investigações possam se aprofundar”, afirmou Iury de Medeiros. 

Segundo a Polícia, o grupo foi descoberto, após uma denúncia de uma pessoa que teria emprestado dinheiro dos investigados, e logo depois começou a ser ameaçada, possivelmente por não pagar o valor cobrado. 

A Polícia descobriu que os envolvidos ameaçavam e obrigariam os devedores inadimplentes a realizar pagamentos em valores bastante superiores as dívidas contraídas. “Eles chegavam a pegar bens das vítimas como pagamento da suposta dívida”, disse o delegado. 

Durante as investigações, os policiais apuraram que em sete meses, o grupo movimentou mais de R$ 600 mil, somente com empréstimo de dinheiro a juros. “Geralmente, eles emprestavam dinheiro para pequenos comerciantes. O valor emprestado variava, e tinha casos de pessoas que emprestava, por exemplo, R$ 50, R$ 100”, detalhou o delegado. 

Até o momento, a Polícia conseguiu identificar, preliminarmente, que cerca de 10 a 20 pessoas, eram responsáveis por cobrar os devedores para o grupo criminoso. 

A Polícia Civil, por intermédio da Draco, solicita à população que caso tenha conhecimento dos fatos, compareça à unidade ou ainda faça uso dos canais do “disk 197” ou o telefone de WhatsApp para denúncia (69 98439 0102), garantindo o anonimato da identidade.

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