Bairro Lagoa: População reclama de precárias condições das vias e poeira constante
Lama no inverno, poeira intensa no verão. A situação no Bairro Lagoa, entre a BR-364 e a Avenida Rio de Janeiro, na Zona Leste, não é diferente da maioria dos bairros da capital rondoniense: ruas esburacadas e em precárias condições de trafegabilidade.
O problema perturba moradores de toda a redondeza. No cruzamento da via com a Rua Piaba, poças de lama exalam odor e deixam a aparência do bairro ainda pior. Carros estacionados às margens ficam, em pouco tempo, encobertos pelo denso pó de cor marrom.
A recém moradora da Rua Curimatã, Aglair Nogueira Garcia, já está arrependida de ter mudado para o local. “Aluguei esta casa há duas semanas, mas no outro dia mesmo já estava arrependida. Se a gente não estiver limpando o tempo todo vira um chiqueiro. Mesmo jogando a água já usada aqui na frente não ameniza a poeira. O jeito é rezar para cair uma chuvinha para dar uma acalmada”, desabafa a mulher.
Há 35 anos morando no bairro, dona Maria das Graças conta que a mesma “novela” se repete ano após ano. “Já veio prefeito, secretário e até o governador olhar as nossas condições aqui, prometendo mundos e fundos, mas até hoje nada foi feito”, afirma. Mostrando a situação da varanda da casa, dona Maria revela que a casa já foi limpa pela manhã, mas em poucos minutos tudo é tomado novamente pela poeira.
Além da poeira, a falta de iluminação pública se torna um risco para os pedestres. Funcionários de um grande supermercado localizado na esquina da Rua Jatuarana são vítimas frequentemente de assaltos. “Eles aproveitam a escuridão e abordam os funcionários que estão saindo do trabalho. Até mesmo para quem passa de carro, que tem que trafegar mais devagar se torna perigosa a abordagem”, diz Antônio Renilson Souza, funcionário do supermercado.
Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura de Porto Velho, a Secretaria Municipal de Obras (Semob) deve fazer a troca de antigas tubulações das vias para, “se tudo ocorrer dentro do cronograma, começar o serviço de drenagem seguido da pavimentação ainda no próximo mês de agosto”. Ao receber a notícia, dona Maria das Graças, moradora da Rua Curimatã, disparou: “tomara que agora seja verdade”.
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