Rondônia, 06 de maio de 2024
Polícia

Baleado em assalto, jovem confessa ter matado namorada, mas diz que disparo foi acidental

O rapaz que matou com um tiro no rosto a jovem Jaqueline Fagundes de Souza, de 20 anos, no dia 24 de agosto, em Vilhena, disse que a morte da garota foi acidental. A versão dele foi dada em depoimento à polícia no Hospital Regional de Cacoal, onde está internado.

Ele se envolveu em um assalto frustrado à agência dos Correios na cidade de Rolim de Moura no último dia 5 de setembro. No dia, Thiago Rodrigues Gomes, de 28 anos, morreu baleado durante o confronto com os policiais.

De acordo com o delegado Núbio Lopes de Oliveira, que fez o interrogatório, Roberson Rodrigo Lima de Souza, alegou que a pistola 9 mm que provocou a morte, teria disparado acidentalmente. Ele contou que estava manuseando a arma com a namorada deitada em seu colo, quando o tiro “escapou”. A bala que estava no cano da arma entrou pelo alto da cabeça saiu pela bochecha da vítima.

Sobre o fato de ter tentado se livrar do corpo, o rapaz justificou que teria ficado desesperado após o ato e, com a ajuda de um amigo (o mesmo que morreu no assalto em Rolim), levou o cadáver até a área rural de Vilhena, onde ele foi deixado.

Sobre o fato de o celular e o dinheiro que estavam com Jaqueline terem sumido, Roberson apontou o comparsa morto pela PM como suspeito. Ele relatou ainda que, após o disparo e de se livrar do corpo, limpou o sangue que havia ficado na casa da mãe, onde aconteceu o crime.

O delegado disse que, na noite anterior ao episódio, a garota assassinada havia ido ao encontro, mas sem avisar ninguém sobre o paradeiro, conforme havia pedido Roberson. “Como ele temia ser localizado e preso, pois estava com mandado em aberto, recomendou que a moça não falasse com ninguém sobre o encontro”. O delegado, que apurou o caso e indiciou o jovem por homicídio, furto qualificado e ocultação de cadáver, informou que ele será levado para Vilhena tão logo receba alta hospitalar.

Perícia
Em contraste com a alegação de Roberson, de que não teve a intenção de fazer o disparo, o laudo emitido pelo médico legista aponta que a morte de Jaqueline foi provocada por um “tiro de encosto”, ou seja, o cano arma da arma estava colado na cabeça dela. Com isso, ele deverá ser julgado também por feminicídio.

Jaqueline foi morta com tiro

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