Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Polícia

BANDO ASSALTA CASA NA ZONA LESTE DA CAPITAL E TORTURA REFÉNS

Uma mulher e três crianças foram rendidas, torturadas e assaltadas por cerca de sete bandidos armados. Os criminosos ainda dispararam tiros contra o dono da casa, mas ele não foi atingido. Antes da fuga, o bando deixou um bilhete desaforado. A PM agiu rápido e prendeu quatro suspeitos, todos com passagens pelo sistema prisional e unidade de internação para infratores. Um deles estava em prisão domiciliar.



Prisão

Depois de revirar toda a casa, o grupo juntou aparelhos eletroeletrônicos, roupas, sapatos e celulares para roubar, mas não conseguiram. Os ladrões se assustaram com a chegada do dono da casa, o fiscal de obras Genivaldo Barreto, 32 anos, que estava de moto. Ângela foi forçada a abrir o portão para o marido, como se nada tivesse acontecendo, para que ele também fosse dominado, mas a mulher fez gestos com o rosto, Barreto percebeu e saiu em fuga para chamar a polícia. Os marginais dispararam dois tiros contra ele, mas não acertaram.

Prisão

Assustados com a ação dos vizinhos, que saíram para ver o que tinha acontecido, os assaltantes fugiram. Roubaram somente a frente de um som automotivo, celulares e todas as chaves da casa. A PM chegou em seguida, agiu rápido e prendeu os suspeitos Jean Frank dos Santos, vulgo “Corujinha”, 19 anos; Marcos de França Santos, 30, o “Marcos Xita”; Edwilson Guimarães Ferreira, 21 e um adolescente de 15 anos. Outros dois suspeitos de pertencerem ao grupo foram identificados como Djair e Charles. Um deles estaria com a arma do crime.

Segundo os próprios suspeitos confessaram, Jean Frank já cumpriu pena por assalto quando era menor. Ele passou dois anos recolhidos na unidade de internação para adolescentes sentenciados, na Avenida Rio de Janeiro. “Marcos Xita” passou dois anos e oito meses no Urso Branco, também por assalto e estava em prisão domiciliar. Edwilson “puxou” cadeia por porte ilegal de arma e furto e o garoto também já teria passagem na polícia.

Torturas

De acordo com o relato de Ângela, por diversas vezes o suspeito Edwilson Guimarães Ferreira encostou a arma na cabeça dela e ameaçou matá-la. Também teria apontado o revólver para o crânio de uma criança, para que a mulher acalmasse os filhos, pois choravam muito. Ele esfregava a arma no corpo da criança, mandava calar a boca e perguntava: “você já viu uma arma?” Com a resposta negativa, retrucou dizendo: “olha para mim, olha aqui, isso é uma arma, cale a boca”.

Além disso, fizeram várias ligações do celular de Ângela para os demais comparsas que estavam dando apoio do lado de fora da casa, comeram o jantar que a mulher havia preparado para o esposo, consumiram as bebidas que estavam na geladeira, vestiram roupas e calçaram tênis do dono da residência.

Bilhete

No bilhete que deixaram na casa, com vários erros gramaticais, os suspeitos afirmam entre outras coisas, que “assaltar faz parte da lei da natureza, onde só os mais fortes sobrevivem”. Ao final escrevem a frase: “paz e amor, o resto a gente corre atrás” e se identificam como “os bandidos da zona Sul”. Porém, segundo eles, todos são moradores do setor Leste da capital rondoniense.

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