Chefe da operação Lei Seca é preso por fraudar teste do bafômetro de policial rodoviário federal
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O chefe da fiscalização de uma blitz do Detran em Vilhena, F.F.B., de 33 anos, foi preso na madrugada deste sábado (20) após fraudar o teste do bafômetro (etilômetro) de um motorista que foi abordado pela Polícia Militar e se identificou como policial rodoviária federal. A operação estava montada na Avenida Marques Henrique, no Centro do município.
Segundo a polícia, o condutor do carro seguia pela via e ao perceber que seria abordado na blitz, estacionou em frente a um restaurante. O policial pediu para que ele seguisse e passasse pelas baias da fiscalização, quando o motorista informou ser agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No entanto, o policial militar teria informado que todos, sem exceção, teriam que realizar o teste do etilômetro e o acompanhou até a mesa do chefe da operação.
No momento em que um agente do Detran pediu para que o motorista fizesse o teste o bafômetro, ele informou ao chefe da fiscalização que era policial rodoviário e pediu para ser liberado. O chefe da operação teria então se levantando e começado a conversar discretamente com o motorista, lhe ofertando balas e água. Após cerca de 10 minutos, o próprio F.F.B. realizou o teste etílico no suposto policial, fato que levantou a suspeita dos militares, pois em nenhum momento ele teria se proposto a realizar o mesmo teste nos outros abordados.
Ainda segundo a polícia, durante a realização do teste, os militares observaram quando o agente da PRF colocou a boquilha do aparelho na lateral da bochecha e assoprou o ar de lado, não o realizando adequadamente, momento também, em que foi constatado que o dedo do chefe da fiscalização apertava o botão do aparelho que realiza o teste manual, constando, porém, o resultado de 0,0 mg de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões.
Diante dos fatos, o soldado que realizou a abordagem do policial rodoviário federal e presenciou toda a cena, se dirigiu até o sargento da PM e relatou o ocorrido, tendo sua versão confirmada por mais uma militar.
Já em posse das informações e após se assegurar legalmente junto ao delegado de plantão e ao 3° Comando da PM, o sargento se dirigiu até F.F.B. e lhe deu voz de prisão pelo crime de prevaricação. Ele foi conduzido, juntamente com os dois aparelhos de etilômetro usados na operação, até a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) para o registro do flagrante.
Já na delegacia foi impressa a guia de controle dos aparelhos, onde foi comprovado através do número de registro da ficha do PRF, que em seu teste constava 0,0 para o tempo de sopro assim como também para o volume de ar, ou seja, comprovando que o teste do bafômetro não foi realizado.
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