Com 5,68m no Rio Madeira, Delegacia Fluvial recomenda apenas navegação diurna
Na contramão dos anos anteriores, o período de vazante do Rio Madeira começou mais cedo. Nesta quarta-feira (29), a Delegacia Fluvial de Porto Velho registrou a cota de 5,68 metros. Neste mesmo dia do ano passado, a cota verificada era de 12,39 metros, uma diferença de 6,71 metros. Com isso, bancos de areia começam a se formar em pontos distintos do rio. No entanto, a situação ainda não é tão grave quanto parece. De acordo com a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), já é comum a navegação exigir cuidados que são apenas redobrados neste período de estiagem e baixa do rio.
O delegado fluvial de Porto Velho, Félix Carlos, explica que quando o nível do rio atinge essa cota, o órgão expede recomendações para que seja evitada a navegação noturna, principalmente para as embarcações que transportam passageiros. “Os bancos de areia surgem em vários pontos. Se hoje surge um aqui, a própria água o desfaz e ele pode aparecer em outro lugar. Por isso fazemos essas recomendações. Mas ainda não chegamos a fase extrema”, afirma Félix.
Já o escoamento e chegada de produtos como combustíveis, grãos, gás, não deve ser afetada. De acordo com a Delegacia Fluvial, a empresas transportadoras possuem equipamentos que identificam bancos de areia e pedras. “A preocupação não é com esses comboios, porque eles trabalham com segurança, reduzem cargas, e tem tecnologia para identificar esses bancos de areia. Já as embarcações menores, essas que transportam cargas e passageiros para o interior do Amazonas, por exemplo, não tem essa tecnologia disponível. E esses, por mais que conheçam bem o trecho navegável, não há como controlar a natureza”, afirma Félix Carlos ressaltando que em setembro do ano passado foi registrada a cota mais baixa do naquele ano, 3,86 metros.
O diretor presidente do Soph, Francisco Leudo Buriti, afirma que o rio está se comportando dentro do esperado. Nesta terça-feira, a régua de medição da Agência Nacional de Águas (ANA) registrou 5,73 metros. No ano passado, a cota era de cerca de 8 metros. “Em 2008 nesta época o rio marcou 6,3 metros. Em 2010, o registro foi de 6,4 metros nesta mesma data. Portanto, percebemos que está dentro do padrão. E as empresas já se programam normalmente para atuar na vazante. Dependendo do produto, há a redução de 30%, 40% ou até 70%, se o rio baixar muito”, afirma o diretor.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a possibilidade de chover no mês de julho em Rondônia é praticamente zero. Caso isso aconteça, o nível do Madeira deve baixar ainda mais. “Se a projeção de baixa permanecer, tomaremos outras providências, para que não falte nada no estado. O que não pode é o comerciante já subir o preço agora, por conta da baixa do rio. Não está faltando produto nenhum”, finaliza Francisco Leudo Buriti.
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