Comércio em alerta: época do ano é propícia para o "13º" de bandidos

A tentativa frustrada do assalto ocorrido na última sexta-feira, 31, no Supermercado Irmãos Gonçalves, é apenas uma ponta do iceberg desse tipo de crime que vem crescendo em Porto Velho, principalmente nessa época do ano, em que bandidos estão em busca do “13º salário”. Na maioria das vezes, os bandidos contam com apoio de atuais ou ex-funcionários que passam as informações precisas sobre movimento de dinheiro, o que é chamado de “passar a fita”, como define a delegada da Divisão de Patrimônio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio, Rúbia Saldanha.

Objetos roubados em residências ou estabelecimentos comerciais muitas das vezes servem de moeda de troca para compra de droga em bocas de fumo de Porto Velho.

Na maioria dos casos, os roubos e assaltos são praticados por velhos conhecidos da polícia que têm passagem pelo sistema prisional. Os assaltos a mão armada em residências aumentaram nos últimos meses, inclusive com reféns, nos casos em que a polícia consegue chegar a tempo e os bandidos usam as vítimas como escudos para negociarem a rendição. “É importante que as pessoas aumentem a atenção para a questão de segurança nas residências. Evitar abrir as portas para estranhos, bem como circular em ruas de pouco movimento, principalmente no período noturno”, explica a delegada.

Objetos roubados em residências ou estabelecimentos comerciais muitas das vezes servem de moeda de troca para compra de droga em bocas de fumo de Porto Velho.

Informações da polícia dão conta de que até mesmo armas são alugadas para assaltos. O valor do aluguel na linguagem dos bandidos depende da “parada” que será executada. Conforme denunciados por policiais, é possível que uma única arma tenha sido usada em vários crimes na Capital.