Rondônia, 17 de novembro de 2024
Polícia

DIRETOR DE ESCOLA ARROMBADA 10 VEZES DORMIU 4 MESES NA SALA DA DIREÇÃO

Não diferente de outras escolas estaduais vítimas de furtos e vandalismo, a Escola Eloísa Bentes Ramos, no bairro Aponiã, em Porto Velho, já foi arrombada 10 vezes em menos de três anos. Das 16 câmeras de monitoramento colocadas para substituir os vigilantes que faziam a segurança das escolas, apenas três ainda estão instaladas. Além das câmeras, os bandidos também já levaram outros equipamentos de valor.



O diretor alega que o recurso que a escola recebe trimestralmente é de pouco mais de R$ 9 mil, e que os gastos com a manutenção da escola são maiores do que isso. “A gente tem que comprar tudo, desde o papel higiênico até o material de secretaria. Sorte nossa que a merenda não falta por que é recurso federal”, explica. De acordo com Joelson, a Secretaria Estadual de Educação pede que, cada vez que a escola for assaltada, o diretor registre o boletim de ocorrência, e faça a cotação dos produtos roubados. “O difícil é se cumprir a reposição...além do trabalho de fazer a cotação, a gente envia pra eles e raramente somos atendidos”, reclama.

Joelson já ficou durante quatro meses dormindo na sala da direção para tentar coibir a ação dos ladrões, mas foi orientado por amigos e até mesmo pela polícia para voltar a dormir em casa. “Eu consegui evitar várias tentativas de furto. Uma vez eu vi na câmera quando o ‘cara’ pulou o muro. O sistema de alarme ainda funcionava, aí eu o ativei. O homem fugiu e eu chamei a polícia.

Mas o policial falou pra eu não dormir aqui, que era arriscado pra mim”, lembra.

O diretor alega que o recurso que a escola recebe trimestralmente é de pouco mais de R$ 9 mil, e que os gastos com a manutenção da escola são maiores do que isso. “A gente tem que comprar tudo, desde o papel higiênico até o material de secretaria. Sorte nossa que a merenda não falta por que é recurso federal”, explica. De acordo com Joelson, a Secretaria Estadual de Educação pede que, cada vez que a escola for assaltada, o diretor registre o boletim de ocorrência, e faça a cotação dos produtos roubados. “O difícil é se cumprir a reposição...além do trabalho de fazer a cotação, a gente envia pra eles e raramente somos atendidos”, reclama.

Em janeiro deste ano, Joelson levou o problema para o Ministério Público de Rondônia. “De todas as coisas que eu cobrei na minha declaração ao MP, somente a reforma elétrica foi atendida. Mas nós temos um piso vergonhoso, a cerâmica está toda quebrada, não temos auditório, não temos uma sala própria para os professores, e nem uma quadra para a prática de esporte. São 420 alunos de nível fundamental, que ficam sem aulas adequadas de educação física”.

No último furto, dia 14 deste mês, foram levados uma mesa de som, dois microfones, uma televisão e um computador. “Esse foi o maior de todos os prejuízos, porque o computador era único que tínhamos na sala improvisada dos professores, onde estava instalado o programa do Diário Eletrônico, que facilitava o trabalho de lançamento e somatória e notas e frequência dos alunos, lamenta o diretor.

SIGA-NOS NO

Veja Também

ESCOLA DA CAPITAL É ARROMBADA PELA 25ª VEZ E AGORA LEVARAM ATÉ MATERIAL DE PROFESSORES

Três pessoas são assassinadas e bebê é encontrado em estado grave no interior de Rondônia

Motorista de Voyage causa acidente com capotamento na capital

Jovem é assassinado a tiros durante discussão por isqueiro