IML EXAMINA CORPO DE BRASILEIRO ASSASSINADO NA BOLÍVIA

O corpo de Roberto Belém Pereira deu entrada na noite deste sábado no Instituto Médico Legal (IML) em Porto Velho. De acordo com informações recebidas pela polícia da capital rondoniense, Pereira teria sido assassinado a tiros em território boliviano, mas as autoridades brasileiras ainda não sabem detalhes do ocorrido. “O IML está examinando o corpo somente para ajudar a família enlutada, pois o crime aconteceu na Bolívia e não cabe a nós investigarmos”, explicou um policial. Pereira foi o terceiro brasileiro morto na Bolívia nos últimos 20 dias.

No último dia 17, Hernani Thiago Dalagnol, 27 anos foi morto em Santa Cruz de La Sierra. O crime ocorreu na casa de Hernani. Segundo a polícia boliviana, após uma discussão com um colega de trabalho, o brasileiro Ricardo Schussler Striker, Hernani recebeu um tiro no peito e outro no rosto. Ricardo enterrou o corpo no pátio da casa. Os jornais bolivianos El Mundo e El Deber apresentam versões diferentes sobre o crime. Segundo o El Mundo, os dois brasileiros pretendiam matar a namorada de Hernani, que seria de uma família rica, mas que ele havia desistido e seu colega teria ficado indignado com a decisão. Já o jornal El Deber conta que Ricardo teria apresentado duas versões. Na primeira, ele teria dito que matou Hernani por questões de dinheiro. Na segunda versão, ele diz que cometeu o assassinato motivado por dois outros brasileiros que, segundo o jornal, "se dedicam à má vida no Norte da Bolívia".

No começo do mês, o estudante brasileiro de medicina Jefferson Benedito Paro dos Santos, de 28 anos, foi assassinado no dia 6 em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo informações da polícia local, o estudante do quarto ano foi atingido por um tiro na perna, na frente do câmpus da Ucebol (Universidade Cristiana de Bolívia). O disparo partiu de um carro em movimento. Assim que percebeu que o brasileiro foi atingido, o atirador desceu do veículo com vidro fumê e fez mais quatro disparos. Santos chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu. A família do estudante vive em Rio Branco, no Acre.