Rondônia, 04 de maio de 2024
Polícia

Infecções causadas em “clínica de estética” de Porto Velho são investigadas pela Polícia

A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por Meio do Departamento de Vigilância e Fiscalização Sanitária (DVISA), alerta sobre o risco da aplicação indiscriminada e sem orientação de enzimas com o princípio ativo Hialuronidase, conhecida pelo nome comercial Hyalosima, utilizada em tratamentos estéticos. De acordo a diretora da DVISA, Daniele de Souza, investigações realizadas pelo departamento em conjunto com a Delegacia de Defesa do Consumidor revelaram sete casos de reações adversas decorrentes do uso do medicamento por um estabelecimento da capital, que foi vistoriado e notificado. Os pacientes apresentaram quadros como infecção cutânea ou subcutânea e feridas na pele, entre outros.

Daniele explica que a enzima, extraída de testículos bovinos, têm sido aplicada em injeções e cremes, com o suposto objetivo de reduzir gorduras localizadas, celulites, acelerar o metabolismo e promessas de emagrecimento imediato. A aplicação da substância leva a um desequilíbrio na quantidade de líquidos, dando a impressão de redução do tecido adiposo, mas, assim que o corpo restabelece o equilíbrio, começa a ocorrer o processo inverso, causando sérios riscos à saúde.

“Existem sete boletins de ocorrência contra o estabelecimento, as vítimas começaram a desencadear o processo inflamatório por reações adversas ocasionadas por bactérias. Foi criado na residência um centro de emagrecimento que fazia os atendimentos. Então, o delegado nos chamou para fazer uma fiscalização no local e foi constatado que o lugar oferece risco à saúde e que a proprietária não é profissional, ou seja, está exercendo a profissão ilegalmente”, a diretora da DVISA.

Conforme a lei municipal n.º 1562 de 2003, todos os locais de prestação de serviços à saúde, inclusive clínicas de estéticas e salões de Beleza devem ser regularizados perante o Departamento de Vigilância Sanitária da Semusa. Os materiais e produtos utilizados nos serviços precisam estar em conformidade com regras da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os profissionais devem receber capacitação e apresentar, junto ao conselho responsável e à DVISA, documentos comprobatórios de habilitação.

A Secretaria de Saúde solicita aos profissionais e à população em geral que comuniquem as suspeitas de reações adversas pelo sistema Notivisa (http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm) ou pelo telefone 0800-647-0009. A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes também pode ser realizada por meio dos canais ou pelo e-mail visa.pvh@portovelho.ro.gov.br

SIGA-NOS NO

Veja Também

Trabalhador morre após cair de balsa no rio Madeira, em Porto Velho

Em novo acidente com capotamento, três pessoas ficam feridas em Porto Velho

Motociclista fica ferido em acidente envolvendo três veículos com capotamento

TJRO reduz penas, mas mantém condenação de acusados de matar sargento da PM durante assalto na capital