Itamaraty critica governos de 5 países por propagar "falsidades" sobre Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) rebateu críticas dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua quanto a legalidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Em nota, o Itamaraty disse “rejeitar com veemência” o que classificou como propagação de falsidades por partes desses governos em relação ao impeachment. A assessoria do Ministério de Relações Exteriores informou que o afastamento de Dilma ocorreu “em quadro de absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição federal”.
O ministério criticou ainda as declarações do secretário-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, e o posicionamento da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América/Tratado de Cooperação dos Povos (ALBA/TCP).
“Como qualquer observador isento pode constatar, o processo de impedimento é previsão constitucional; o rito estabelecido na Constituição e na lei foi seguido rigorosamente, com aval e determinação do STF”, acrescentou trecho da nota do Itamaraty.
De acordo com o MRE, o presidente em exercício Michel Temer assumiu o comando do país “por determinação da Constituição Federal, nos termos por ela fixados”.
Unasul
Sobre as declarações do secretário-geral da Unasul, o Itamaraty considerou que Samper deixa transparecer juízos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro.
Logo após a aprovação da admissibilidade do processo de impedimento de Dilma pelo Senado, Samper ressaltou o peso do Brasil na região e demonstrou preocupação de que o impeachmentde Dilma abra precedente para destituição de presidentes por motivos políticos.
“Tais juízos e interpretações do secretário-geral são incompatíveis com as funções que exerce e com o mandato que recebeu do conjunto de países sul-americanos nos termos do Tratado Constitutivo e do Regulamento Geral da Unasul”, esclareceu o Itamaraty.
Veja Também
PF e PRF pedem reforços paaa atuarem contra ataques criminosos
Onda de ataques em Porto Velho aumenta mesmo após chegada da Força Nacional de Segurança
Ministro da Justiça autoriza envio da Força Nacional para Porto Velho