Justiça manda soltar o traficante Polegar da Mangueira, preso em Porto Velho
Preso em 19 de outubro de 2011 no Paraguai, o traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, zona norte do Rio, está prestes a ser solto por determinação da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Polegar era um dos bandidos mais procurados pela polícia fluminense até ser localizado por agentes federais na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, enquanto comprava um carro de luxo.
Os desembargadores entenderam que o decreto de prisão preventiva era ilegal, já que o crime em questão ocorreu em 2003. "Por unanimidade, concederam parcialmente a ordem por entenderem que restou caracterizada a ilegalidade do decreto prisional, decorridos quase dez anos dos fatos, estabelecidas as medidas cautelares de comparecimento mensal ao juízo e proibição de ausentar-se da região metropolitana".
O Ministério Público do Rio vai recorrer da decisão.
Em 21 de março deste ano, quando faltavam 2 anos e 1 mês de pena a ser cumprida, a Justiça Federal de Rondônia declarou a condenação extinta, com base no indulto natalino de 2012. Polegar, no entanto, permaneceu preso devido a um mandado de prisão preventiva, expedido em 3 de abril de 2012, num processo de homicídio que tramita no 4º Tribunal do Júri do Rio. Mas em 11 de abril deste ano, a 5ª Câmara Criminal do TJ-RJ concedeu habeas corpus a Polegar.
Os desembargadores entenderam que o decreto de prisão preventiva era ilegal, já que o crime em questão ocorreu em 2003. "Por unanimidade, concederam parcialmente a ordem por entenderem que restou caracterizada a ilegalidade do decreto prisional, decorridos quase dez anos dos fatos, estabelecidas as medidas cautelares de comparecimento mensal ao juízo e proibição de ausentar-se da região metropolitana".
O Ministério Público do Rio vai recorrer da decisão.
Berço da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, o Morro da Mangueira era uma das favelas mais violentas da cidade. A favela, controlada por traficantes, foi ocupada pelas forças de segurança em junho de 2011, e ganhou uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em novembro do mesmo ano.
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