Rondônia, 29 de abril de 2024
Polícia

Justiça mantém presos envolvidos em morte de barbeiro

A Justiça aceitou o pedido da Polícia e prorrogou por mais 30 dias a prisão dos cinco criminosos presos na Operação Caedes, deflagrada pela Delegacia de Homicídios de Porto Velho, para prender envolvidos em vários assassinatos. Uma das vítimas foi o barbeiro Lucas Veiga, morto no dia 2 de janeiro, enquanto trabalhava, na Zona Sul da Capital.

A delegada responsável pelas investigações, Leisaloma Carvalho, pediu mais 30 dias de prisão para os acusados para dar continuidade nas investigações. A justiça concedeu, e os policiais cumpriram no final da manhã desta quarta-feira (4).

O prazo serve para instruir melhor o inquérito, fase em que serão levantados outros elementos de provas visando formar a convicção da autoridade policial quanto ao indiciamento dos envolvidos e a individualização da conduta de cada um deles.

A prisão se faz necessário para que estes não influenciem ou ameacem testemunhas, ou ainda, ocultem provas.

Investigações

Os policiais apuraram que as ordens para grande parte dos assassinatos ocorridos entre os meses de janeiro e fevereiro na Capital, saiam de dentro de um dos presídios da cidade. Durante a Operação Caedes foram cumpridas 14 medidas cautelares, entre mandados de prisão e busca e apreensão. Três pessoas foram presas em flagrante, entre elas um advogado, com 3,4 quilos de droga.

Segundo a delegada, alguns homicídios investigados estavam ocorrendo com o mesmo modus operandi e oriundos de bandidos pertencentes ao Primeiro Comando Panda, que passou a ser chamado de Primeiro Comando do Panda e mais recentemente “Família do Gueto”. “Eles estavam matando pessoas que eles atribuíam que eram do Comando Vermelho”, esclareceu Leisaloma Carvalho.

Durante as investigações, os policiais chegaram à autoria e participação de cinco envolvidos diretamente no homicídio do barbeiro Lucas Veiga, morto no dia 2 de janeiro, com vários tiros enquanto trabalhava em uma barbearia, localizada no Bairro Caladinho. Dois criminosos executaram a vítima, afirmando que ela seria do Comando Vermelho. O pai de Lucas foi atingido com um tiro de raspão. Segundo a Polícia, a motivação seria retaliação à morte de um integrante de facção criminosa rival.

A Polícia apurou que os criminosos se intitulavam como missionários dentro da organização criminosa. Eles recebiam e executavam as ordens dos líderes da facção para matar as vítimas. “Os envolvidos utilizam motocicletas roubadas para praticar os crimes. Foi apurado ainda, que pelo menos três homicídios foram praticados com o uso de revólver calibre 32”, disse a delegada Leisaloma Carvalho.

Os líderes encaminhavam as decisões para os que eles chamavam de despachadores, essas pessoas passavam para os outros integrantes, que ficavam responsáveis de cumprir as ordens de execução.

Em razão disso a delegada representou pelas prisões temporárias dos investigados e pelas buscas e apreensões em vários endereços. Um dos alvos das buscas, foi a residência de um advogado, que estava atuando na comarca de Porto Velho.

A investigação apurou que ele estava envolvido de uma forma que não estava coerente com o tratamento com clientes, de uma maneira muito intima, segundo apurou a Polícia. Durante as buscas, foram encontradas uma arma e a droga.

Com os envolvidos os policiais encontraram armas de fogo, munições e motocicletas roubadas. Todos os presos, foram indiciados pela delegada Leisaloma Carvalho.

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