Justiça mantém preventiva de assassino confesso da ex-companheira
O juiz Áureo Virgílio Queiroz, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, manteve na cadeia Gabriel Saymo de Oliveira, acusado de matar a ex-esposa, a adolescente Maria Claudia Borges Ribeiro, 16 anos, encontrada morta na manhã do dia 17 de fevereiro deste ano, em uma vila de apartamentos, na rua Eurico Caruso, Bairro Aponiã, em Porto Velho. Após o crime, ele mesmo acionou a Polícia Militar e confessou o assassinato.
Na decisão, o juiz explicou que o quadro que autorizou a decretação da prisão permanece inalterado, bem como as razões que a determinaram.
Para o juiz, neste caso, a prova da existência do crime é veemente e está consubstanciada no laudo feito no corpo da vítima. Para a Justiça, essas provas não foram abaladas até o momento por nenhuma prova ou alegação defensiva.
A decisão de manter o acusado preso deve-se à natureza grave dos delitos e o modo como ocorreram configuram o perigo da liberdade do réu, pois o homicídio qualificado é crime de natureza extremamente grave. Trata-se, em tese, de crime de homicídio qualificado, considerado crime hediondo.
O Ministério Público ofereceu a denúncia contra Gabriel Saymo e foi recebida pelo TJ no dia 14 de março deste ano. Ainda não há data definida para o julgamento do acusado. Está em fase de instrução do processo.
O crime
A vítima foi assassinada na noite do dia 16 de fevereiro, mas o corpo só foi encontrado um dia depois, após o próprio assassino acionar a Polícia Militar e confessar o crime.
Ao entrar no apartamento, os militares encontraram a adolescente em cima da cama. Uma equipe do Samu ainda foi acionada, mas nada pode ser feito, Maria Cláudia já estava morta.
Aos policiais, o jovem disse que estava sob efeito de droga. Ele disse que teria discutido com a vítima antes de cometer o crime. Durante a discussão, o acusado relatou que teria visto vultos e acabou matando a adolescente com as próprias mãos.
Após o crime, o acusado disse para a PM que foi usar droga e beber na casa de um amigo, que fica nas proximidades da residência de sua mãe.
Ele disse ainda, em depoimento, que horas depois do crime, ele voltou para o apartamento e continuou usando droga ao lado do corpo da vítima. Ao amanhecer, já na quinta-feira (7), ele decidiu ligar para a Polícia e se entregar.
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