Rondônia, 18 de novembro de 2024
Polícia

Líder do PCC, Marcola será transferido para presídio federal de Porto Velho

Apontado como líder máximo da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, será transferido para o presídio federal de Porto Velho, capital de Rondônia. A informação foi confirmada ao UOL pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya e por mais três fontes ligadas ao processo de transferência da cúpula da organização para unidades federais.

Gakiya é o autor do pedido que resultou na transferência de Marcola e outros 21 presos ligados ao PCC de penitenciárias estaduais no interior de São Paulo para presídios federais na manhã desta quarta-feira (13). Eles foram divididos em grupos e levados para três estados. Além do presídio federal de Porto Velho, os de Brasília e Mossoró (RN) também receberão os membros da facção. As unidades são administradas pelo Departamento Penitenciário Nacional, órgão da estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Rodízio por penitenciárias federais
Marcola não deverá permanecer por um período superior a seis meses na capital de Rondônia. A intenção é a de que o detento passe por outros presídios federais, o que dificultaria possíveis tentativas de fuga. Além dos já citados, existem unidades em Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS).

Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira estabelece que os presídios federais na capital de Rondônia e em Mossoró contarão com reforço de segurança feito pelo Exército nos próximos 12 dias.
O governador João Doria (PSDB) afirmou no início da tarde, durante entrevista, que o planejamento feito entre os governos estadual e federal para transferir os presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) levou 50 dias.

"Papuda não quero"
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, o coronel da PM Nivaldo Restivo, a decisão é de mantê-los, inicialmente, 360 dias no presídio federal. Nos primeiros seis meses, eles estarão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ou seja, em isolamento.

A defesa de Marcola afirmou desconhecer a informação de que seu cliente vá para Porto Velho. "Disseram que ele iria para Brasília, mas ele não queria aceitar: "'Papuda não quero'". Um dos advogados de Marcola estava a caminho do Tribunal de Justiça Criminal da Barra Funda, às 16h, para tentar mais informações.

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