Rondônia, 20 de março de 2025
Polícia

MADEIRA CONTINUA SUBINDO E DEFESA CIVIL DIZ QUE MORADORES RESISTEM PARA SAIR DAS CASAS ALAGADAS

Cerca de 60 famílias já foram afetadas com a cheia do Rio Madeira, segundo a Defesa Civil de Porto Velho. No entanto, segundo o órgão, os moradores ainda resistem e não querem deixar o local alagado. Na tarde de quinta-feira (10), o nível do rio chegou a 15,50 metros, mas recuou 10 centímetros e na manhã desta sexta, a cota está em 15,40 metros, informa a órgão.


Baixo Madeira

Na última segunda-feira (7), foi decretado estado de alerta pelo município, tendo em vista que o rio já tinha ultrapassado 15 metros. No entanto, Marcelo salienta que os meteorologistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), consideram o nível normal para essa época. “Para nós da Defesa Civil não é normal. Não pode ser normal, pois famílias já estão sendo afetadas. Quando o rio chega em 14 ou 15 metros, vários bairros já começam a ficar alagados. Com 16 metros, é que quando eles consideram o alerta, já tem muita casa debaixo d’água”, afirma.

Baixo Madeira

Uma equipe da Defesa Civil, segundo o coordenador, está se deslocando nesta sexta-feira para verificar a situação dos ribeirinhos moradores nos distritos do Baixo Madeira. Eles estão levando água e devem orientar os moradores para que saiam da área de risco. “É difícil tirar um ribeirinho e trazer para Porto Velho. Ele não quer vir. É mais fácil nós cedermos barraca e ele ficar num local mais alto”, diz.

Abunã

A região de Abunã também deve receber uma equipe da Defesa Civil ainda nesta sexta-feira, onde será verificada as condições da água da localidade. Segundo o coordenador Marcelo Santos, o que preocupa é a água contaminada. A cota do Rio Abunã, na manhã desta sexta, está em 19,93 metros. “O problema desta região é o abastecimento de água. As imagens que temos é de água já contaminada pela cheia, o que torna inviável o consumo”, afirma.

A preocupação maior do órgão, conforme Marcelo, é com relação as chuvas que ainda são intensas na Bolívia. Elas estão elevando o nível do Rio Beni, que já está em 16,65m, e a água ainda deve chegar na capital de Rondônia. “A Defesa Civil está em alerta. O Exército já está à disposição para uma eventual necessidade. Mas temos esperança que não vai ser uma cheia igual a de 2014”, finaliza.

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