Mais um motorista de Uber é agredido por taxistas em Porto Velho; vídeo
Um motorista que presta serviço para o Uber colidiu o veículo, um Fiat Uno, em um muro de uma residência na manhã desta quarta-feira (17), quando fugia de um grupo de taxistas, na Avenida Amazonas esquina com a Brasília, quase na frente da Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran). Este é o segundo caso registrado nesta quarta-feira.
O motorista acredita que foi vítima de uma emboscada por taxistas. “Recebi um chamado há cerca de uma meia hora e, na esquina, me cercaram. Os taxistas me fecharam, tentei sair mas acabei colidindo no muro da residência. Desci do carro, quebraram meu celular, deram uns tapas em mim. Me socaram minha e sorte que minha um rapaz me ajudou. De tanta porrada que eu levei, fiquei leso e não consegui identificar as pessoas. Não imaginava que iam fazer uma armadilha pra mim. Já chegaram me batendo. Estou desempregado. Vou comunicar a empresa (Uber) e saber o que a Semtran vai decidir para ver se continuo trabalhando ou não”, disse o motorista.
O secretário da Semtran, Marden Negrão, afirmou que o serviço é proibido e causa estranheza a empresa entrar em atividade. “Causa estranheza uma empresa que não tem cadastro no município, não tem cadastro no estado, que não tem autorização para fazer um serviço de transporte remunerado de pessoas, venha propor-se a fazer isso e causando esse transtorno. O taxista, o mototaxista vive disso, é a profissão dele. Então é óbvio que se você vai chegar com uma atividade concorrente ele vai no mínimo querer saber disso, inteirar-se disso. Se chega com uma atividade que está notadamente clandestina ele vai sentir-se ofendido, vai querer uma atitude imediata e positiva de resguardo. Essa atitude imediata e positiva a gente tem que dar não pro taxista e mototaxista, mas para a sociedade. Então nós temos que ter o controle efetivo disso para saber se a atividade é permitida ou não. Que tipo de veículo está sendo está se cadastrando, quem é o condutor, que tipo de condutor está sendo cadastrado e se é autorizado em âmbito federal, estadual e municipal esse tipo de atividade proposta. Se faz é resguardar o interesse público”, afirma.
Sobre as agressões, o secretário classifica como erro tanto dos taxistas como da empresa clandestina. “Não vejo como um erro menor do que uma empresa que se propõe a trabalhar sem regulamentação. Os dois estão muito errados. E quem paga isso é o usuário. Por isso eu disse que o nosso interesse é defender o interesse público. Se tem condição técnica de fazer, apresente-a, se não tem recue. Mas não cause transtorno maior, a sociedade não precisa disso”, diz.
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