Medo de H1N1 aumenta procura por atendimento em hospitais infantis de Porto Velho
O aumento dos casos de gripe H1N1 no Brasil tem deixado muitas mães preocupadas com as doenças respiratórias nas crianças. No Hospital Infantil Cosme e Damião o atendimento tem crescido desde o início de abril, segundo a diretora clínica da unidade, Maira Tolentino. E a maioria dos casos, as crianças estão com problemas respiratórios. Na manhã desta quarta-feira (27), a queda das temperaturas também fez elevou a procura por atendimento da unidade hospitalar.
É o caso Tânia Oliveira, mãe do pequeno Arthur de 2 anos. Tânia conta que há 20 dias o filho foi diagnosticado com pneumonia e logo depois pegou resfriado. “Ele fez o tratamento, mas domingo tive que voltar porque ele não melhora. É febre alta, tosse. E agora, como ele ainda não melhorou, está do mesmo jeito, trouxe de novo, antes que ele fique cada vez pior. Mas essa é minha rotina. Ele é asmático e sofre bastante tanto com frio como com a poeira. Mas o tempo frio é pior ainda”, diz a mãe do Arthur.
Com febre alta, vômito e muita tosse, Enzo, de 2 anos, se aconchegava no colo da mãe Cristina de Jesus Assunção enquanto esperava por atendimento no Hospital Cosme e Damião. “Em casa eu já tenho os cuidados para evitar que ele fique resfriado, mas nessa época é difícil. Mas mesmo assim, procuro sempre usar o soro fisiológico no nariz, fazer inalação e já corri atrás de vacinar contra a H1N1”.
Já Jéssica Silva Oliveira estava preocupada com a diarreia do filho Davi Lorenzo, de 1 ano. Ela diz que a preocupação aumenta porque na semana passada ele estava com problemas respiratórios. “Está fazendo tratamento, mas eu sempre estou de olho, porque toda vez que o tempo muda, ela fica gripada. Agora é diarreia e isso pode deixar ele fraquinho”, acredita a mãe.
Os filhos de Valdina Brito dos Santos, Gabriel, de 3 anos, e Rosa Maria, de 1 ano, estão com febre, tosse forte, e por isso ela procurou atendimento na Policlínica Ana Adelaide. “Eu evito deixar no sol, sereno e poeira. O Gabriel está ruim e não está nem comendo direito. A Rosa teve pneumonia mas já está bem melhor, mas mesmo assim, com esse tempo, é bom não vacilar”
A diretora clínica do Hospital Cosme e Damião, Maira Tolentinto, explica que esta época é propícia para doenças respiratórios, como resfriado, diarreia acompanhado ou não de vômito. “O mês de abril o nosso fluxo está bem grande, principalmente por causa de rinite, amidalite, resfriado.
Segundo ela, toda mãe sempre acha a os sintomas podem ser de uma doença grave, mas é preciso ficar atenta aos sinais, como se a criança estão ou não brincando, se alimentando, se está com febre há mais de três dias seguidos, tosse, e com falta de ar. Para ela, a onda de H1N1 é o que mais tem preocupado a mães. “Muitas crianças chegam aqui com resfriado comum e a mãe já com medo de ser H1N1. Mas, temos que analisar antes de já procurar o atendimento de urgência. É ideal que os pais procurem também o atendimento da saúde básica. Uma tosse, uma febre é uma resposta de defesa do nosso organismo. E pode ser provocada por alergia. Então cabe ir na saúde básica, porque ela não aparece de repente”, diz a média alertando que em casos de emergência o ideal é procurar o atendimento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Entre os cuidados, Maira alerta que é importante lavar sempre as mãos, usar lenços descartáveis e não toalhas, repor vitaminas C com zinco e ter uma alimentação saudável. “A criança ou qualquer pessoa que mantenha uma alimentação saudável aliada a higienização não vai ficar com a imunidade baixa e vai ser mais difícil ficar doente”, finaliza.
Vacinação
A campanha de vacinação em Porto Velho, conta a gripe H1N1 começou no último dia 11 de abril. Segundo os dados do setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Saúde), até o dia 20 deste mês já foram 56 mil pessoas vacinadas. No próximo sábado, dia 30 ocorre a campanha nacional, quando todos os grupos prioritários devem buscar atendimento.
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