Rondônia, 23 de novembro de 2024
Polícia

Menina de dois anos assassinada no sábado já havia sido espancada pelo pai antes

William Monteiro da Silva, 25 anos, acusado de ter matado a própria filha Lauanny Hester Rodrigues, de 2 anos, com a ajuda da companheira na madrugada do último sábado (21), já havia agredido a criança gravemente e quebrado o braço da menina em fevereiro deste ano, segundo a Polícia Civil do município de Ariquemes. Ele e Ingrid Bernardino Andrade, de 23 anos, continuam presos. O outro filho do casal, um bebê de 5 meses, foi entregue para o Conselho Tutelar.

Após as agressões, a menina chegou a ser retirada do convívio familiar, mas voltou a ser entregue para o pai. Segundo a Polícia, a mãe de Lauanny deixou a criança aos cuidados do pai há cerca de 1 ano.
De acordo com o delegado, Rodrigo Camargo, as prisões em flagrante de William Monteiro e Ingrid Bernardino foram convertidas para prisões preventivas.

O delegado disse ainda, que a defesa do casal relatou que o pai negou ter agredido a criança a ponto de matá-la. Sobre a versão de Ingrid, o advogado não quis se pronunciar. A audiência de custódia, está marcada para acontecer na próxima terça-feira (24).

Durante o interrogatório, segundo Rodrigo Camargo, os dois confessaram que tinham batido na menina por duas vezes. A Polícia apurou, que às 2h40 da manhã eles acordaram, foram até a cozinha e viram que a criança tinha rasgado um saco de farinha de trigo. William disse que agrediu a filha como uma forma de corrigir.

Ainda de acordo com o delegado, por volta das 10h o casal acordou e encontrou a criança brincando em cima de uma mesa. Por causa disso, ela foi agredida novamente.

O médico do Samu Mauro Lopes, que atendeu a ocorrência, disse que a menina morreu com traumatismo múltiplos, e com muitas fraturas no crânio, tórax, quadril e abdômen.

O crime

A menina morreu no final da manhã do último sábado (21), após ser espancada pelo pai e a madrasta em uma residência localizada no Bairro Marechal Rondon, no município de Ariquemes.

Vizinhos acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após ouvirem a criança sendo agredida. Quando a equipe médica e a guarnição chegaram, a menina já estava sem vida.

Após o crime, o pai e a madrasta da criança, foram encontrados em uma prainha. Os policiais informaram, que eles estavam deitados embaixo de uma árvore junto com um bebê de 5 meses, que é filho do casal.

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