Rondônia, 17 de novembro de 2024
Polícia

Mulher morta pelo marido sargento: Tiro no pescoço, corpo enrolado em lona e jogado de ribanceira

O RONDONIAGORA teve acesso a ocorrência registrada pela Polícia Militar, com detalhes que levaram a prisão do sargento Gilmar de Souza Castro e a localização do corpo da esposa dele, Lindalva Galdino Araújo, 52 anos, assassinada com um tiro no pescoço. O corpo da vítima foi jogado no rio Madeira, no Ramal Maravilha. O crime aconteceu na noite do último domingo (3), na residência do casal, localizada no Bairro Mariana, na zona leste de Porto Velho.

O crime começou a ser descoberto quando as filhas de Lindalva acionaram a PM, informando que a vítima estava desaparecida e que elas suspeitavam que Gilmar tivesse matado a mulher.

Durante a madrugada de segunda-feira (4), por volta das 2 horas, segundo relatos das filhas, Gilmar teria feito uma ligação para uma delas afirmando que Lindalva teria saído de casa para comprar cigarro e não tinha retornado.
As filhas da vítima relataram ainda que Lindalva nunca foi de sair de casa por tanto tempo sem avisar. Elas afirmaram a todo o momento que suspeitavam que Gilmar tivesse feito alguma coisa com a vítima.

Desaparecimento e mentira

Questionado, Gilmar relatou aos policiais que teria ligado para o 190 informando o sumiço da esposa e que na manhã desta segunda-feira, teria ido até a 6º Delegacia de Polícia Civil, registrar uma ocorrência informando o desaparecimento de Lindalva.

Ele relatou ainda, no último domingo estava ingerindo bebida alcoólica com sua esposa e algumas amigas, mas as mulheres foram embora por volta das 20 horas. Conforme relatos do sargento, Lindalva teria saído de casa por volta das 21 horas para comprar cigarros e não teria retornado para casa.

Após alguns minutos de conversa, ouvindo Gilmar, os policiais começaram achar estranho o comportamento do acusado, por causa da tranquilidade dele. As amigas da vítima, que estavam na casa, disseram que foram embora do local, após presenciarem o sargento puxar forte Lindalva pelo braço.

Os militares passaram a procurar vestígios na casa, e acabaram encontrando um estojo deflagrado. Rapidamente, os policiais acionaram um tenente da PM para acompanhar a ocorrência.

Aos policiais, as filhas relataram ainda, que acharam estranho, a casa estar limpa logo cedo, já que eles haviam passado a noite ingerindo bebida alcoólica.

Sangue

Dentro da casa, a Polícia Militar encontrou manchas de sangue na entrada do quarto e embaixo de uma mesa de canto. Questionado, ele informou que as manchas eram do gato que se encontrava machucado.
Já na parte de fora da casa, na saída da área, os policiais encontraram uma poça de sangue no chão, como se alguém estivesse tentado lavar. Em outro ponto, outra poça de sangue foi encontrada, e no varal foi encontrada uma calça jeans melada de sangue.

Confissão

Nesse momento os militares afirmaram para Gilmar que a perícia seria acionada. Ao perceber que não tinha mais como dizer que aquele sangue todo era do gato, o acusado acabou confessando que teria efetuado um tiro acidental no lado direito do pescoço da esposa.

Ele relatou que a vítima estava sentada na varanda da casa, quando ele efetuou o disparo. O sargento disse ainda, que mesmo ferida, Lindalva chegou a dar alguns passos, mas caiu no chão e morreu.

Além do estojo deflagrado que a PM encontrou no local, os peritos encontraram mais três estojos deflagrados. Um pano e um par de luvas sujo de sangue foram encontrados no quintal ao lado da casa do casal.

Corpo enrolado

O homem deu mais detalhes do crime. Disse que enrolou o corpo de Lindalva em uma lona, colocou no porta-malas do carro e se deslocou até o Ramal Maravilha, às margens do rio Madeira e jogou o cadáver da mulher em uma ribanceira. Ele afirmou que arrastou o corpo da vítima sozinho até a beira do rio, jogou na água e avistou quando a vítima desapareceu.

Rapidamente, equipes do Corpo de Bombeiros, juntamente com policiais da 1ª Delegacia de Homicídios foram acionadas para comparecer até o local informado por ele, onde teria jogado o corpo.

Após alguns minutos de mergulho, os restos mortais de Lindalva foram localizados. O sargento recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a delegacia, de onde foi levado para o sistema prisional.

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