Rondônia, 28 de abril de 2024
Polícia

Operação da PF combate exploração ilegal de madeira em terras indígenas

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (8), a Operação Êxodo, para dar cumprimento a 7 mandados de prisão temporária e 32 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho contra envolvidos em exploração ilegal de madeira em terras indígenas.

As diligências acontecem em diversas cidades de Rondônia, incluindo Vilhena, Chupinguaia, Espigão do Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Colorado do Oeste e Pimenta Bueno. O cumprimento dos mandados conta com a participação de cerca de 90 policiais federais.

Em paralelo, ocorre ação ostensiva conjunta, no bojo da Operação Verde Brasil 2, com participação da Polícia Federal, Polícia Militar, IBAMA e Funai, que realiza incursão na Terra Indígena Tubarão-Latundê para identificar as áreas destruídas pelos criminosos e alvo de desmatamento, assim como para dar cumprimento a mandado de prisão.

A investigação desenvolvida na Delegacia de Polícia Federal em Vilhena visa desarticular organização criminosa dedicada à exploração ilegal de madeiras oriundas de Terras Indígenas, em especial da TI Tubarão-Latundê, no município de Chupinguaia.

Ao longo dos trabalhos, foi verificada a prática reiterada de fraudes que buscavam dar aparência lícita aos produtos florestais explorados ilegalmente, realizando, além do desmatamento das áreas de preservação, diversos outros crimes como inserção de dados falsos em sistemas, falsidade ideológica, lavagem de capitais e organização criminosa.

Foram utilizadas empresas madeireiras, muitas delas constituídas por interpostas pessoas (“laranjas”), que utilizavam créditos falsos nos sistemas do Ibama para realizar a comercialização dos produtos, buscando burlar o controle.

O dano ambiental apurado supera o valor de R$ 50 milhões, gerado a partir da retirada ilegal de madeiras nobres como Ipê, Peroba, Cerejeira, Jequitibá, Angelim e Sucupira, resultado do desmatamento de milhares de hectares de áreas da União.

Os presos, depois de interrogados na sede da Polícia Federal, serão encaminhados a presídios estaduais, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal e responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de organização criminosa, extração ilegal de madeira, falsidade ideológica, inserção de dados falsos e lavagem de capitais.

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