Rondônia, 07 de novembro de 2024
Polícia

Operação da PF de Rondônia faz buscas contra envolvidos em golpes em caixas eletrônicos

A Polícia Federal em Rondônia deflagrou, na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Fishing, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso especializado em subtrair dinheiro depositado em caixas eletrônicos da Caixa Econômica Federal.

Com a participação de 45 policiais federais, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, além do pedido de bloqueio de valores, que podem chegar a meio milhão de reais, de suspeitos em São Paulo e no Ceará.

O grupo, que agia em diversos estados das Regiões Norte e Nordeste, cometeu crimes contra o sistema financeiro em quatro municípios de Rondônia: Cacoal, Jaru, Alto Paraíso e Porto Velho. Além da ação em Humaitá/AM.

A investigação teve início em fevereiro de 2022, quando a Polícia Rodoviária Federal abordou um veículo com cinco ocupantes em Pimenta Bueno/RO e efetuou as prisões em flagrante. Durante busca, foram encontrados diversos envelopes, utensílios comumente utilizados para a retirada dos envelopes dos caixas eletrônicos, além de R$ 19,6 mil em dinheiro/cheques.

Com a investigação foi possível identificar que o grupo agia de forma nômade. Com carros alugados viajaram pelo litoral nordestino e, posteriormente, para o Norte do país, passando pelos estados do Pará, Amazonas, Acre e Rondônia, onde foram presos em flagrante quando se deslocavam para Cuiabá/MT.

Durante o trajeto, eles pesquisavam as agências da Caixa Econômica Federal disponíveis em cada cidade que iriam passar e em conjunto decidiam em qual iriam praticar o crime de furto dos depósitos feitos nos caixas eletrônicos. Após cometer os crimes, de posse dos valores, em especial cheques, o grupo buscava pessoas que cediam as contas bancária para realizar o depósito e compensação dos cheques subtraídos, para isso, ofertavam 30% sobre os valores depositados.

Os investigados responderão pelo crime de furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem passar de 20 anos de reclusão, sem prejuízo de outros delitos porventura identificados a partir do cumprimento das medidas cautelares.

A operação recebe este nome “Fishing” devido ao modo de atuação do grupo, que utilizava um metal em forma de gancho para “pescar” os envelopes depositados nos caixas eletrônicos.

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