Operação da PF em Vilhena cumpre 5 mandados de prisão em esquema envolvendo a Prefeitura
A Polícia Federal realiza nesta segunda-feira a operação Ficus, que busca desarticular esquema de propina e lavagem de dinheiro no município de Vilhena e região.
A empresa do ex-servidor, no entanto, só existia no papel e era movimentada pela própria empresa de engenharia, o que revelou em um primeiro momento a suspeita da existência de um duto de propina com ares de legalidade.
A suspeita inicial se deu por via da descoberta de um contrato de trabalho em que a empresa de engenharia considerada a maior empreiteira em Vilhena forjou um contrato de terceirização de pessoal com empresa pertencente a ex-servidor de alto escalão da prefeitura que previa o repasse de quase 10% dos valores envolvidos em pagamentos trabalhistas de cada obra.
A empresa do ex-servidor, no entanto, só existia no papel e era movimentada pela própria empresa de engenharia, o que revelou em um primeiro momento a suspeita da existência de um duto de propina com ares de legalidade.
A partir disso e em decorrência da deflagração da denominada operação Stigma, também em Vilhena, material recolhido em buscas e apreensões revelaram a existência de uma contabilidade paralela tendo sido descoberto nos computadores da empresa de engenharia arquivos de planilhas cujos gastos não constam da contabilidade oficial e tinham o nome de comissões em geral, dentre outros nomes característicos.
O confronto destas planilhas com o resultado de quebras de sigilo bancários revelou o pagamento pela empresa de engenharia (e suas coligadas, entre elas uma empresa que gere aterros sanitários) de vultuosas quantias a servidores públicos e agentes políticos, sem que até o momento houvesse razão para tanto. O valor dos recebimentos monta a cerca de 1 milhão de reais.
No meio do caminho a PF deparou-se ainda com superfaturamento em grande obras em Vilhena, em especial o asfaltamento da avenida Tancredo Neves cujos valores ilegais pagos pela prefeitura municipal somariam a quantia de cerca de 2,5 milhões de Reais (em apenas dois lotes de quatro lotes da obra analisados pela PF), o que pode ter alimentado o esquema.
Além disso, também foram identificados pagamentos de grandes quantias da prefeitura municipal de Vilhena através de cheques (aproximadamente R$ 300.000,00 em apenas três meses) e de empresas de engenharia que prestam serviços a prefeitura, a conhecida empresa do ramo de alimentos que, acabou por fazer doações de campanha e repasses para pagamento de dívidas de pessoas ligadas a ex-servidores públicos municipais que para a PF caracteriza lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros crimes.
Ficus é o gênero de árvores que, apesar de frondosas em seu exterior, lançam no solo raízes profundam que sugam os nutrientes de tudo ao redor, diminuindo a vitalidade de outros vegetais em seu próprio e único benefício.
O nome da operação, portanto, remete a uma falsa sensação de prosperidade quando em verdade tudo que não participa do esquema é vítima de exploração silenciosa.
Foram expedidos pela Justiça Federal em Vilhena 9 mandados de condução coercitiva, 4 mandados de prisão preventiva e um temporário, bem como 16 mandados de busca e apreensão, todos para serem cumpridos na cidade de Vilhena.
A empresa do ex-servidor, no entanto, só existia no papel e era movimentada pela própria empresa de engenharia, o que revelou em um primeiro momento a suspeita da existência de um duto de propina com ares de legalidade.
A suspeita inicial se deu por via da descoberta de um contrato de trabalho em que a empresa de engenharia considerada a maior empreiteira em Vilhena forjou um contrato de terceirização de pessoal com empresa pertencente a ex-servidor de alto escalão da prefeitura que previa o repasse de quase 10% dos valores envolvidos em pagamentos trabalhistas de cada obra.
A empresa do ex-servidor, no entanto, só existia no papel e era movimentada pela própria empresa de engenharia, o que revelou em um primeiro momento a suspeita da existência de um duto de propina com ares de legalidade.
A partir disso e em decorrência da deflagração da denominada operação Stigma, também em Vilhena, material recolhido em buscas e apreensões revelaram a existência de uma contabilidade paralela tendo sido descoberto nos computadores da empresa de engenharia arquivos de planilhas cujos gastos não constam da contabilidade oficial e tinham o nome de comissões em geral, dentre outros nomes característicos.
O confronto destas planilhas com o resultado de quebras de sigilo bancários revelou o pagamento pela empresa de engenharia (e suas coligadas, entre elas uma empresa que gere aterros sanitários) de vultuosas quantias a servidores públicos e agentes políticos, sem que até o momento houvesse razão para tanto. O valor dos recebimentos monta a cerca de 1 milhão de reais.
No meio do caminho a PF deparou-se ainda com superfaturamento em grande obras em Vilhena, em especial o asfaltamento da avenida Tancredo Neves cujos valores ilegais pagos pela prefeitura municipal somariam a quantia de cerca de 2,5 milhões de Reais (em apenas dois lotes de quatro lotes da obra analisados pela PF), o que pode ter alimentado o esquema.
Além disso, também foram identificados pagamentos de grandes quantias da prefeitura municipal de Vilhena através de cheques (aproximadamente R$ 300.000,00 em apenas três meses) e de empresas de engenharia que prestam serviços a prefeitura, a conhecida empresa do ramo de alimentos que, acabou por fazer doações de campanha e repasses para pagamento de dívidas de pessoas ligadas a ex-servidores públicos municipais que para a PF caracteriza lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros crimes.
Ficus é o gênero de árvores que, apesar de frondosas em seu exterior, lançam no solo raízes profundam que sugam os nutrientes de tudo ao redor, diminuindo a vitalidade de outros vegetais em seu próprio e único benefício.
O nome da operação, portanto, remete a uma falsa sensação de prosperidade quando em verdade tudo que não participa do esquema é vítima de exploração silenciosa.
Foram expedidos pela Justiça Federal em Vilhena 9 mandados de condução coercitiva, 4 mandados de prisão preventiva e um temporário, bem como 16 mandados de busca e apreensão, todos para serem cumpridos na cidade de Vilhena.
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