Operação da PF: Sesau nega superfaturamento em compra de insumos para enfrentamento da pandemia

Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (14), o gerente administrativo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Álvaro Amaral, negou a acusação da Polícia Federal (PF), sobre superfaturamento na compra emergencial de materiais e insumos hospitalares relacionados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 em Rondônia.
Segundo a PF, as investigações apontaram indícios de apresentações de atestados de capacidade técnica falsos e a possível atuação de empresários junto a agentes públicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com o intuito de direcionar procedimentos licitatórios e fraudar contratos com a administração pública. Houve casos de superfaturamento de até 500%, de acordo com as investigações. O valor de sobrepreço pago pelo Estado de Rondônia, constatado pela Perícia Criminal, é de R$ 6,9 milhões, aponta a PF.
Questionado pelo RONDONIAGORA, o gerente administrativo disse que não houve superfaturamento na compra de máscaras tipo KN95. “Não houve superfaturamento de forma alguma, pelo contrário, houve inclusive uma redução no valor em relação à média nacional na época”, disse Álvaro Amaral.
O gerente administrativo afirma, os fatos veiculados na mídia envolve um processo específico, tratando sobre a máscara N95. “Nosso primeiro procedimento emergencial instaurado no auge da pandemia. Foram emitidos e-mails para 32 empresas, sendo que 11 nos responderam encaminhando suas propostas. Os preços naquela época variavam entre R$ 15,30, até R$ 53,86. Houve essa variação referente aos valores”, explicou.
Com base nas cotações, segundo Álvaro, administração adquiriu a de menor valor, a de 15,30, naquela época. “Em relação aos valores, se forem comparados com os valores atuais, de fato vai haver essa variação. Estamos se referindo a um período de pandemia, que não era uma condição ideal de produção e fornecimento. Hoje, se for fazer uma pesquisa, pode encontrar máscara de até R$ 5,03”, enfatizou.
O gerente administrativo disse ainda, que no auge da pandemia, a Controladoria Geral da União (CGU), lançou um painel para transparência das contratações, onde tinha uma média nacional dos preços praticados no mercado. “Para esse item, máscara N95, a média era de 20,12, chegando ao terceiro quadrimestre a R$ 23,99. O valor adquirido era abaixo da média final”, disse.
Sobre o envolvimento de agentes públicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), juntamente com empresários, com o intuito de direcionar procedimentos licitatórios e fraudar contratos com a administração pública, que giravam em torno de R$ 21 milhões, a Sesau nega. “Não foi comprovado até o momento. Não há envolvimento de servidores”, finalizou Álvaro Amaral.
Veja Também
PRF em Rondônia prende quatro motoristas por embriaguez ao volante neste fim de semana
Operação Vape retira do mercado 547 dispositivos eletrônicos proibidos em Rondônia
Adolescente de 17 anos é apreendida com cocaína presa ao corpo em aeroporto do Amazonas
Disparo dentro de residência leva à apreensão de arma e drogas na zona sul de Porto Velho