Operação Loki: PF apura uso de diplomas falsos em cargos da Unir

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (24) a Operação Loki, voltada à apuração de um esquema de falsificação de diplomas e outros documentos públicos utilizados para acesso a cargos docentes e obtenção de benefícios funcionais na Universidade Federal de Rondônia (Unir).

O caso veio à tona após a própria instituição encaminhar uma comunicação oficial à Polícia Federal, relatando suspeitas de irregularidades em títulos apresentados por uma ex-servidora durante o processo de candidatura ao cargo de vice-reitora. As investigações apontam que a mulher teria recorrido a cinco diplomas falsificados, além de possuir documentos ilegítimos, como mais de um número de CPF e títulos de eleitor, o que indica a existência de fraude reiterada ao longo de sua atuação profissional.

O RONDONIAGORA denunciou o caso em março de 2024 e informava que a vice-reitora eleita Viviane Barrozo da Silva, renunciou ao cargo que assumiria, após a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apontar que o diploma de doutorado apresentado por ela era falso. A Unir confirmou a informação e divulgou nota oficial sobre assunto, mas somente após a professora apresentar formalmente seu pedido de renúncia, alegando “motivos de cunho pessoal”. 

Com base nas evidências iniciais, a 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia expediu mandados de busca e apreensão cumpridos em Porto Velho, com o objetivo de coletar novos elementos de prova e confirmar as suspeitas sobre a falsificação.

Os materiais apreendidos passarão por análise pericial para aprofundar as investigações. A ex-servidora poderá responder pelos crimes de uso de documento falso, falsificação de documento público, falsidade ideológica e estelionato.