Rondônia, 23 de novembro de 2024
Polícia

Operação Meganha prende 30 e desvenda esquema de agentes penitenciários e presos

A Operação Meganha, deflagrada nesta quinta-feira (9), pela Polícia Civil de Rondônia, combate atos ilegais de favorecimentos a presos realizados por uma organização criminosa que atuava dentro do sistema carcerário em Porto Velho. Estão sendo cumpridos 48 mandados de busca e apreensão, mais de 30 pedidos de mandados de prisão preventiva e a solicitação de seis afastamentos dos cargos públicos.



De acordo com a delegada Ingrid Brandão, também da Draco, as investigações demonstraram que os presidiários beneficiados tinham estreita relação com os agentes públicos. "Houve casos apurados durante a investigação de o preso dirigir o veículo particular do agente penitenciário, almoçar em restaurante e o preso pagar a conta, assim como, de ir buscar o filho do agente público na escola, dando a entender o laço de confiança e aproximação do agente público com o preso, em alguns casos", disse a delegada Ingrid.

A operação é Coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Conforme o delegado Marcos Vinicius, a Draco iniciou sua investigação contra apenados que praticavam crimes de tráfico de drogas, furtos e roubos e, durante esta investigação, foram identificados atos ilegais por parte de alguns agentes penitenciários do sistema carcerário local. "Vários monitoramentos foram realizados, assim como, acompanhamento dos acusados e, de acordo com as investigações, alguns dos agentes públicos lotados no Presídio Ênio Pinheiro, favoreciam alguns presidiários em troca de vantagens pessoas, tais como, dinheiro, abastecimento do veículo particular, entre outras", explica o delegado.

De acordo com a delegada Ingrid Brandão, também da Draco, as investigações demonstraram que os presidiários beneficiados tinham estreita relação com os agentes públicos. "Houve casos apurados durante a investigação de o preso dirigir o veículo particular do agente penitenciário, almoçar em restaurante e o preso pagar a conta, assim como, de ir buscar o filho do agente público na escola, dando a entender o laço de confiança e aproximação do agente público com o preso, em alguns casos", disse a delegada Ingrid.

A delegada Aline Neiva, integrante da especializada Draco, explica que as condutas do agentes públicos foram ilegais em várias circunstâncias. "Os presos beneficiados, saíam do Presídio Ênio Pinheiro sem cumprir as normas internas de saída do sistema prisional, tinham total liberdade com os agentes penitenciários e não utilizavam algemas durante o percurso da escolta que era realizada em carros particulares dos agentes públicos", comentou a delegada.

Em um dos casos investigados, o preso solicitou a compra de refrigerante e bebidas alcoólicas de dentro do presídio e, com a ajuda de um agente penitenciário, os produtos foram colocados para dentro do sistema carcerário, porém foram interceptados pela equipe de plantão da unidade prisional.

De acordo com informações da coordenação da Operação Meganha, outros envolvidos também foram identificados durante a investigação policial e devem prestar esclarecimentos da Delegacia Especializada nos próximos dias, além dos que foram conduzidos nesta quinta.

A ação coordenada pelos delegados da Draco, conta com o apoio de cerca de 200 policiais civis, entre eles, a colaboração direta de 20 delegados conduzindo quase 50 equipes. Vale ressaltar que a equipe do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar também atuou na Operação, dando todo suporte dentro do presídio.

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