Pai e mãe de estudante da UFAC que se matou são encontrados mortos
Os pais da estudante de Ciências Sociais, Bruna Borges, de 19 anos, que cometeu suicídio ao vivo pelas redes sociais na tarde da última quarta-feira, 26, em Rio Branco, foram encontrados mortos na tarde desta sexta-feira, 28, em uma das casas da Vila Militar, próximo ao Pronto Socorro de Rio Branco. As autoridades acreditam que eles tenham tirado a própria vida.
De acordo com informações da Policia Militar, o subtenente do exército Marcio Brito, pai da estudante, e a esposa Claudineia Borges, foram encontrados enforcados na garagem da residência. As polícias civil, militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para acompanhar o caso.
Apuração
O Exército vai abrir processo administrativo para apurar sob que circunstâncias ocorreram as mortes. De acordo com o informado por testemunhas, os corpos de Marcio e Claudinéia foram encontrados pela filha mais velha.
Em coletiva de imprensa, o comandante do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (4º BIS), coronel Welington Vallone, explicou que uma equipe do batalhão estava destacada para acompanhar o casal e que em conversa ficou nítido que os dois estavam mais tranquilos em relação à morte da jovem Bruna Borges, filha deles. “Esse processo é baseado principalmente no trabalho da polícia civil. Então, esse inquérito vai identificar as causas do ocorrido, e possivelmente corroborar com as informações. Prestamos toda a assistência à família do casal, e ao próprio casal”, explicou o comandante que esteve apoiando os pais de Bruna Borges desde a tarde de quarta, quando registrada a morte da garota.
Abalo
Desde as primeiras conversas com Márcio e Claudinéia, ficou claro que eles estavam abalados, mas com o apoio da equipe militar que auxiliava o casal, explica Vallone, houve avanço, tese que, com a morte dos dois, vai por água abaixo. “Colocamos nosso capelão militar, e uma assistente social em contato, e rendeu fruto que havia um processo de acolhimento das palavras. Foi verificado que o casal estava sentindo menos a dor. Entendemos que um fato como esse não poderia vir a ocorrer”, completou.
Mas as primeiras evidências confirmam que houve, sim, um caso de duplo suicídio. “Ao que tudo indica, sim [foi suicídio]. Esse processo tem um prazo de vinte dias, e assim que a gente tiver um resultado a gente vai divulgar. O casal participou do funeral da filha, e nosso capelão e a assistente social fez uma visita hoje pela manhã, na casa deles, e estavam tranquilos”, finaliza.
Márcio era subtenente do Exército Brasileiro a qual já trabalhava há pelo menos 28 anos e Claudineia também foi do exército, mas deixou a instituição para exercer a profissão de enfermeira.
Durante a perícia, em um cômodo da casa, foram encontrados vários bilhetes de despedida direcionados ao restante da família.
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