Rondônia, 23 de novembro de 2024
Polícia

Parte do bando já confessou participação no assassinato de Chico Pernambuco

William Costa Ferreira, Iasmin Xavier Tejas, Marcos Ventura Brito, Henrique Ribeiro de Oliveira e Diego Nagata Conceição

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira na Delegacia Geral de Polícia, a delegada Keity Mota Soares deu detalhes sobre as prisões dos envolvidos na morte do ex-prefeito Francisco Vicente de Souza (PSB), o "Chico Pernambuco". As prisões e como os investigadores chegaram aos acusados já foram revelados pelo RONDONIAGORA na segunda-feira.
Foram presos William Costa Ferreira, Iasmin Xavier Tejas, Marcos Ventura Brito, Henrique Ribeiro de Oliveira e Diego Nagata Conceição. Segundo a delegada William e Diego já confirmaram participação parcial no crime. Henrique e Marcos negaram.

A delegada explicou que segundo as investigações, Katsumi Yuji Ikenohuchi Lema, primo do atual prefeito de Candeias do Jamari, Luiz Ikenohuchi, tramou a morte do ex-prefeito por desentendimentos políticos. O grupo não foi atendido por Chico Pernambuco e a morte dele foi encomendada a Marcos Ventura, que contratou os demais comparsas. Keity Mota Soares explicou que os matadores não sabiam que se tratava de um prefeito e pensavam que era um garimpeiro. Com a repercussão da morte os criminosos passaram a pressionar Marcos Ventura, que acabou preso seis dias após o assassinato.

Para confundir investigações, segundo Keity Mota Soares, o bando chegou a plantar notícias na mídia com ataques a Delegacia de Candeias e com falsos detalhes sobre as fases investigativas.

Segundo a delegada, está claro que a motivação era a busca pelo poder na Prefeitura de Candeias do Jamari. “Encontramos evidencias da ligação de Katsumi Yuji Ikenohuchi com Marcos Ventura Brito, que foi o agenciador das pessoas para que executassem o plano de matar o Chico”.

Para evidenciar a participação do primo do atual prefeito, a delegada esclareceu que Marcos Ventura não tinha motivação para o crime, ao contrário de Katsumi Yuji Ikenohuchi. Ele e seu grupo foram contrariados por Chico Pernambuco. “As pessoas contratadas não tinham ciência de quem seria executado. Marcos disse que era apenas garimpeiro que estava devendo uma pedra (dinheiro). Essas pessoas depois que mataram Francisco pressionaram o Marcos por valores maiores e cientes de que era o prefeito, passaram a exigir mais e fizeram ameaças”.

Toda a investigação foi acompanhada pelo Ministério Público do Estado.

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