Rondônia, 06 de maio de 2024
Polícia

PCC em Porto Velho: Exército protege perímetro de 10 Km ao redor do Presídio Federal; Fotos e vídeo

O Comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva confirmou que desencadeou nesta quarta-feira (13) a Operação Tranca Forte, para proteger o perímetro externo de segurança da penitenciária federal de Porto Velho, totalizando um raio de dez quilômetros. O uso das Forças Armadas foi autorizado pelo governo federal, para Garantia da Lei e da Ordem (GLO), no período de 13 a 27 de fevereiro de 2019, nos estados do Rio Grande do Norte e Rondônia, por causa da transferência de presos ligados a facções criminosos.

No total, estão sendo transferidos 22 presos para penitenciárias federais. Segundo o governo, todos são líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os detentos estavam no presídio de Presidente Venceslau, no interior do estado. Entre os transferidos para Porto Velho, está Marcos Hebas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da organização criminosa. A informação foi confirmada ao UOL pelo promotor de Justiça Lincoln Gakiya e por mais três fontes ligadas ao processo de transferência da cúpula da organização para unidades federais.

Marcola não deverá permanecer por um período superior a seis meses na capital de Rondônia. A intenção é a de que o detento passe por outros presídios federais, o que dificultaria possíveis tentativas de fuga. 

Na região da penitenciária federal na capital de Rondônia, na BR-364, sentido Acre, homens do Exército estão com um forte esquema de segurança e todos os veículos, principalmente carros pequenos, estão sendo fiscalizados.

Em frente a penitenciária, há militares fortemente armados e com barricadas. Os militares com armas apontadas para a rodovia, prontos para atirar. Nas proximidades do presídio, vários caminhões com militares armados fazem rondas, inclusive entrando em estradas vicinais que ficam próximas ao presídio. Ninguém pode se aproximar e a imprensa foi impedida de ficar nas proximidades.

Um resgate estaria sendo planejado, de acordo com o MP, por Gilberto Aparecido dos Santos, um aliado de Marcola conhecido como Fuminho. Gilberto fugiu da Casa de Detenção de São Paulo em 1999 e, segundo as investigações, está atualmente estabelecido na Bolívia, de onde envia armas e drogas para o Brasil e outras partes do mundo.

Os promotores argumentam que a transferência dos líderes do PCC vai dificultar a articulação do grupo criminoso. “O afastamento e isolamento inédito da liderança da facção de suas bases criminosas e de seus faccionados comandados, e portanto, de sua “zona de conforto”, dificultando assim que as ordens cheguem a outros faccionados”, diz o pedido.

A 17ª Bda Inf Sl opera em articulação com Forças de Segurança Pública competentes no estado de Rondônia, e com o apoio dos agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, empregando seus meios orgânicos e outros disponibilizados por escalões superiores.

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