Rondônia, 08 de novembro de 2024
Polícia

PF cumpre mais de 50 mandados contra organização criminosa que usava o porto da capital como base de tráfico

Na manhã desta quinta-feira (1), a Polícia Federal deflagrou a Operação Náufrago, para dar cumprimento a 33 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão preventiva, visando desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas, utilizando o porto de Porto Velho, como base logística da remessa das cargas ilícitas para o Nordeste do Brasil. 

As cautelares foram expedidas pela 1ª Vara de Delitos de Tóxicos da Comarca de Porto Velho, para serem cumpridos na capital, Manaus (AM), Itaituba (PA), Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Salvador (BA). A operação contou com a participação de 128 policiais federais que cumpriram os mandados.

O trabalho de investigação teve início em 2021 com a apreensão de 400 kg de cocaína na capital rondoniense. Após, foram identificadas outras duas remessas de cocaína com destino ao estado de São Paulo, onde foram apreendidos 442 kg, na cidade de Guarulhos. A segunda, de 200 k, na capital paulista, com a prisão em flagrante dos envolvidos.

A investigação realizada pela Polícia Federal demonstrou que os envolvidos remetiam a droga de Porto Velho para a Bahia, utilizando de uma suposta empresa de transportes de cargas com sede nas imediações do aeroporto internacional de Guarulhos (SP) e filial na capital de Rondônia. 

Por meio de carretas, o grupo ainda escoava a droga dissimulada em mercadorias de sapatos através do porto fluvial de Porto Velho. 

Além dos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, a 1ª Vara de Delitos de Tóxicos da Comarca de Porto Velho decretou o sequestro e indisponibilidade de imóveis, veículos e lanchas de luxo adquiridos pelo grupo com o dinheiro do narcotráfico.

Os indiciados responderão, na medida de sua participação, pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 44 anos de prisão em regime fechado.

O nome Náufrago faz alusão ao termo utilizado pela organização criminosa, na ocasião da apreensão da carga de cocaína a ser enviada através da logística portuária.

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