PF cumpre mandados em investigação sobre ponte construída para dar acesso ilegal a parque
A Polícia Federal em Rondônia realizou na manhã desta terça-feira (11), a segunda fase da Operação Espanta-Lobos, uma investigação que, no início deste mês, levou a destruição, por meio de explosão, de uma ponte construída ilegalmente para dar acesso ao Parque Aripuanã.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no município de Espigão do Oeste, em desfavor dos investigados. Além dos mandados, haverá cumprimento de outras determinações decorrentes de decisão da Vara da Justiça Federal em Vilhena, após deferimento parcial de representação encaminhada pela PF.
Durante o cumprimento de buscas, com um dos investigados, a Polícia encontrou uma porção de droga.
Segundo a Polícia, a ponte foi construída por madeireiros que retiram ilegalmente produtos florestais da terra indígena.
Além do trabalho que levou à explosão da ponte, outras estruturas criadas pelos criminosos também foram destruídas, inclusive ponto construído para controle de acesso ao local e que servia de apoio para criminosos.
A investigação apontou o homem responsável pela construção, manutenção, organização e controle de acesso à terra indígena por meio da ponte.
Reconstruções
De acordo com a Polícia, a ponte foi reconstruída, pela terceira vez, em 2022, mesmo após duas explosões feitas pela PF em 2020 e 2022.
A investigação apontou a capacidade dos criminosos para angariar fundos e recursos para rápida reconstrução das estruturas utilizadas e que possibilitavam a retirada de madeiras da área de preservação.
Os trabalhos da Polícia Federal, inclusive com utilização de satélites, permitiram o acompanhamento das ações criminosas na região e atuação eficiente de combate aos crimes ambientais em curso. O laudo pericial apontou dano ambiental, apenas nas proximidades da ponte destruída, avaliado em mais de meio milhão de reais.
Além da investigação pelos crimes ambientais e outros conexos, também está sob apuração ameaça encaminhada à Polícia Federal por parte de um dos investigados.
Um dos investigados, após a destruição da ponte no ano de 2022, encaminhou ameaças explícitas a Polícia Federal, devendo responder, além das práticas relacionadas à destruição das florestas brasileiras, pelas ameaças proferidas contra os servidores públicos atuantes no combate aos crimes ambientais na região.
Os investigados responderão por associação criminosa, furto qualificado, receptação, crimes ambientais, falsidade ideológica e ameaça, além de outros delitos que venham a ser identificados no decorrer dos trabalhos policiais.
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