Polícia, Idaron e Receita Estadual detalham apuração da Operação Boi Fantasma
Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (13), o diretor de Polícia do interior, delegado Thiago Flores, o presidente da Idaron, Júlio Cesar Rocha, e o coordenador geral da Receita Estadual, Antônio Carlos Alencar, deram detalhes da Operação Boi Fantasma, deflagrada na manhã desta terça-feira (13) em combate aos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa, crimes tributários e lavagem de capitais.
No total, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão em localidades urbanas e áreas rurais nos municípios de Cacoal, Ariquemes, Nova Mamoré e Lábrea. Em todas essas localidades também se procedeu à fiscalização administrativa da Idaron.
De acordo com o delegado, em um levantamento feito durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi constatada uma movimentação irregular de 11.456 cabeças de gado, em uma propriedade, localizada em Vista Alegre do Abunã.
Segundo a Polícia, a organização criminosa fazia inserção de dados do sistema do Governo, de quantidades de cabeça de gado que não condiziam com a realidade.
O presidente da Idaron explicou que a participação do órgão na operação, é para que seja feita a tradução de forma técnica de tudo aquilo que está sendo apurado em movimentação pela Polícia Civil. “Essas mais de 11 mil cabeças de gados da movimentação irregular, tiveram entrada e saída da propriedade. Então, nossa equipe está averiguando toda a documentação comprobatória de trânsito animal”, explicou Júlio Cesar Rocha.
Os órgãos fiscalizadores investigam ainda, a origem e destino dos animais e a qualidade sanitária dos gados. “Não pode em hora alguma ser criado uma condição sanitária dos gados, porque o prejuízo é coletivo. Em hipótese alguma pode ser considerado ou tolerado uma margem de animais que suspeitem de qualquer enfermidade, além da origem de titularidade, que é um problema criminal. O risco tem que ser zero”, destacou o presidente da Idaron.
A Idaron faz a comparação do que existe registrado no sistema do estado com o que tem na propriedade. “Isso é feito porque queremos saber a movimentação dessas cabeças de gado”, disse.
O coordenador geral da Receita Estadual, Antônio Carlos Alencar disse que a receita tem o dever de apoiar os órgãos de investigação para materializar tributariamente uma possível evasão de recursos.
Ainda de acordo com o delegado, tudo o que foi apreendido será analisado para individualizar a conduta de cada pessoa será feito no final das investigações. “A nossa preocupação é impedir qualquer tipo de suspeição da sanidade dos nossos animais” finalizou Thiago Flores.
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