Polícia identifica mulheres do Comando Vermelho que articularam morte de membro do PCC, em Porto Velho
Duas mulheres, Hiasmim C. S., conhecida como “Morena Problemática”, e Aline M. B., como “Miranda”, seriam as conselheiras de Elton L. S., o “Bad Boy”, presidiário que ordenou a morte de Jáder Feijó Falcão, ocorrida na madrugada de 8 de maio deste ano, no residencial Orgulho do Madeira, na Zona Leste da Capital. As duas estão sendo procuradas pela Polícia Civil que deflagrou a Operação Conselho Final nesta sexta-feira (31) para cumprir 12 medidas cautelares, sendo 7 mandados de prisão temporárias e 5 mandados de busca e apreensão.
Jader Feijó Falcão foi assassinado a tiros no momento em que tomava banho em um apartamento no residencial. O local foi invadido por três indivíduos identificados como Ramon Pereira de Oliveira, o “RM”; Wesley L. T., o “Baé”; Edivaldo V. B., o “Citroen”. Segundo a Polícia, todos os citados são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho.
Conforme a delegada Leisaloma Carvalho Resem, todos os sete mandados de prisão são contra integrantes do Comando Vermelho que atuam diretamente aqui no estado de Rondônia e em Porto Velho. “Há indícios que uma dessas conselheiras, que está foragida, é suspeita de mais dois homicídios que estão sendo apurados, atuando da mesma maneira, fornecendo a arma de fogo usada no crime, entrando em contato com os demais membros do CV, inclusive indicando a próxima vítima a ser morta”, explica a delegada.
Conforme Leisaloma, a investigação mostrou que Hiasmim e Aline são conselheiros do CV e elas identificaram a vítima e passaram a informação para Elton que do presídio emitiu a ordem para matar o membro do PCC. “Elas então articularam tudo, armas, local, ligaram para um dos infratores e pediram que no momento da execução ficasse na linha para que elas ouvissem os tiros. A vítima tomava banho no momento do crime”, diz a delegada.
A Polícia disse ainda que a vítima foi morta apenas porque as “conselheiras entenderam que ela pertencia a uma facção rival, não está provado que ele pertencia”.
Vale destacar, segundo a delegada, que a arma usada no crime ainda não foi localizada. “No Orgulho do Madeira é muito difícil a localização de infratores porque eles migram muito facilmente para outros apartamentos, o que dificulta a localização, inclusive, de armas de fogo”.
A operação “Conselho Final” foi coordenada pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Contra a Vida (DECCV) e contou com apoio da Delegacia Especializada em Repressão a Furtos, Roubos, Extorsões, Sequestro, Estelionatos e outras Fraudes (DERF – Delegacia de Patrimônio), Delegacia Especializada de Repressão aos Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva) e Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote). Cerca de 30 policiais civis participaram da operação.
O nome da operação é o mesmo nome do grupo de WhatsApp, formado pelas conselheiras e pelo Elton, onde eles definiam quem seria a vítima, os assassinos e como seria executado. No mesmo grupo, havia comemorações após o assassinato.
A polícia ainda apura para descobrir outras pessoas envolvidas.
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