Polícia prende mais envolvidos em decapitação de jovem no “Morar Melhor”

Após intensas investigações, policiais da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida (Deccv) de Porto Velho, prenderam preventivamente Diego Alves de Assis e Francisco Valente Correia, acusados de terem participação direta no assassinato cruel do jovem Rubem Ariel da Silva Souza, 18 anos, ocorrido na última quarta-feira (24), no residencial Morar Melhor, na Capital. A cabeça da vítima foi decapitada e as agressões até a morte foram filmadas. Duas mulheres suspeitas de terem envolvimento já estão à disposição da Justiça.

Segundo a delegada Leisaloma Carvalho, os criminosos se dizem membros da facção criminosa Primeiro Comando do Panda (PCP). A morte bárbara teria sido motivada em virtude de briga entre facções criminosas. “Os autores do crime entenderam que o jovem seria integrante do Comando Vermelho e essa facção não poderia ter acesso a aquele local e por isso a vítima foi agredida e executada de forma cruel”, explicou.

A delegada diz que a autorização para que o jovem fosse executado partiu de dentro de um dos presídios da Capital. “Nós vamos apurar essa informação. O suspeito de ter mandado matar a vítima já é investigado em dois inquéritos da delegacia. Ele age sempre da mesma maneira de dentro da penitenciaria”, disse Leisaloma de Carvalho.
Ainda de acordo com a delegada, a vítima pode ter sido morta por engano. “O jovem não tinham nenhuma passagem pela Polícia. Nossas equipes continuarão investigando para saber se era ou não integrante de facção criminosa”, diz.

Ela explicou que a prisão da dupla ocorreu na noite de quinta-feira (25), quando os criminosos se preparavam para fugir da cidade em um veículo Volkswagen Fox. Dentro do carro, os policiais encontraram roupas, munições e droga. “Eles sabiam que já estavam sendo investigados pelas nossas equipes e que seriam presos, mas nossos policiais foram rápidos e conseguiram prendê-los”, disse Leisaloma Carvalho.

Segundo o que foi apurado pelos investigadores, Diego e Francisco foram os executores da vítima. “Durante o interrogatório, um deles confessou o crime e identificou outras pessoas que aturaram juntos. Nosso trabalho continua para identificar e individualizar a conduta de todos aqueles que agiram direta ou indiretamente na morte cruel do jovem. A suspeita é que pelo menos 7 pessoas participaram da execução da vítima”, afirmou à delegada.

Um facão e um machado, utilizados para matar a vítima foram encontrados em um apartamento no Morar Melhor, indicados pelos criminosos presos.

A Polícia apurou que pelo menos três mulheres estão envolvidas no crime, incluindo uma adolescente de 17 anos. A menor e uma mulher já estão à disposição da justiça desde o dia do crime. “Tudo vai ser apurado para identificar a participação de cada uma”, disse a delegada.