POLICIAIS PRESOS NA OPERAÇÃO NACIO SERÃO OUVIDOS NA QUARTA-FEIRA POR JUIZ DA AUDITORIA MILITAR
Os policiais militares ACÁCIO LEIVA POLICENA, DARIO SOUZA SILVA, JORGE XAVIER DA ROCHA, DAVID SARAIVA DA SILVA, PABLO MENDONÇA DE OLIVEIRA, ROBSON BATISTA GALINDO e ATAÍDE JOSÉ DOS SANTOS JUNIOR, acusados de envolvimento em esquemas de corrupção pela Polícia Federal, serão ouvidos pelo juiz Carlos Augusto Teles de Negreiros, da 1ª Vara da Auditoria Militar nesta quarta-feira, a partir das 8h30min, quando serão citados das acusações feitas pelo Ministério Público. Dos militares presos durante a Operação NaCIO em 17 de setembro último, apenas um deles já foi solto Tony Carlos Nunes Pereira foi libertado na última sexta-feira em razão da insuficiência de provas.
Conforme o RONDONIAGORA divulgou no final de semana as denúncias foram recebidas pelo Poder Judiciário.
Nas justificativas apresentadas para a decretação das preventivas, o juiz destaca escutas telefônicas e ambientais, além de outros elementos de prova. “Extrai-se da representação o envolvimento dos policiais militares com vários crimes, conforme mencionado acima. Os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva estão previstos nos artigos 220 c/c 254 “a” e “b, 255 “a” usque “e” do Código de Rito Militar...Na representação a autoridade policial conseguiu trazer elementos convincentes acerca da existência dos fatos delituosos e de indícios de autoria, em especial por meio da colação de vários trechos de conversas obtidos na interceptação telefônica e/ou escuta ambiental....Na representação restou evidente por intermédio das escutas realizadas o envolvimento dos representados nas condutas delituosas. A gravidade dos delitos atribuídos a eles reclama a segregação cautelar para a garantia da ordem pública e manutenção da disciplina militar.”, disse.
Com exceção de Tony Carlos todos os outros acusados permanecem sob custódia da própria PM. A situação de todos é complicada. No último dia 26, ao negar o pedido de revogação de prisão feito pela defesa de Pablo Mendonça de Oliveira, o juiz destacou que o que a sociedade esperava de um servidor público militar era o contrário do que se apurou. “Trata-se de policial militar que deveria contribuir com a segurança pública, no combate à criminalidade, mas na verdade passou a se corromper e a se entregar à prática daquilo que seu mister é dado a combater, ou seja, à ilicitude e improbidade, adotando conduta incompatível com a carreira militar (ORDEM PÚBLICA), que tem como um dos pilares a hierarquia e DISCIPLINA MILITAR. A farda da gloriosa Polícia Militar de Rondônia existe e é respeitada pelo combate à marginalidade penal e não para se unir a ela. Comportamento como o do requerente fere de morte a disciplina militar. A decretação da prisão preventiva partiu de fatos concretos e motivados para ampará-la. A sociedade clama pelo banimento da corrupção ou improbidade no serviço público e com mais rigor nas polícias militares. ”, considerou.
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