Policial é preso após manter menor de 15 anos em cárcere na Capital dentro de casa
O policial Arlindo D.C.L., 42, foi preso na noite deste domingo após agredir e manter um menor de apenas 15 anos em cárcere privado por mais de 3 horas. A filha do policial também foi agredida por ele. O homem estava com sintomas de embriaguez, de acordo com a PM, negou-se atender os militares e só saiu de sua residência após a chegada de um delegado da Polícia Civil.
A ocorrência narra que um adolescente de 15 anos conseguiu fazer ligação ao pai informando que estava algemado dentro de uma residência nas proximidades do 6º. A PM foi acionada e seguiu ao local.
Na casa, Arlindo disse que chegou em casa e encontrou a filha e o menor no local e que o rapaz o teria agredido, por isso o algemou na janela. O agente da Polícia não permitiu a entrada dos militares, dizendo que só o faria após a chegada de seus superiores.
A guarnição decidiu acionar o oficial do dia, que manteve contato com a Central de Flagrantes. Dois agentes foram enviados, mas mesmo assim Arlindo não saiu de casa e não liberou ninguém. Exigiu em seguida a presença da perícia.
Após a realização de perícia na casa, um delegado ainda teve que ir ao local para fazer com que as partes seguissem para a Central. O policial quis ir na viatura da Civil.
O policial disse ao delegado que o menor havia tentado estuprar a filha.
Na delegacia, o jovem agredido afirmou que era muito amigo da filha do policial e que pediu para que a jovem guardasse a bicicleta dele. Os dois foram surpreendidos no interior da residência pelo policial que os agrediu.
A menor, na presença da mãe e de uma policial civil disse que havia guardado a bicicleta do amigo e que foram surpreendidos pelo pai, que chegou descontrolado e agrediu os dois. Ela tinha lesão no olho e joelho direito e negou qualquer tentativa de abuso sexual, garantindo categoricamente que são apenas amigos.
O policial suspeito disse à guarnição que poderia ter feito mais contra o menor e ainda ameaçou o pai dele.
Um telefone da menor, que teria provas das agressões, desapareceu, segundo a ocorrência.
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