Porto Velho cria Plano para combater a violência à criança
Porto Velho aprovou recentemente o Plano Municipal de Enfrentamento a Violência à Criança que trabalha os eixos de educação, pesquisa, saúde, prevenção, entre outros e traz Políticas Públicas a serem tratadas de acordo com a realidade do Município. O Plano ficou durante três meses em consulta públicas e depois de feitas as adequações pertinentes foi aprovado no dia 17 de maio.
“Agora estamos realizando a operacionalização deste Plano por meio do cronograma de trabalho. Iremos colocar em prática através do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) que também é responsável por fazer o monitoramento da execução do Plano”, afirma Marinete da Conceição da Silva, presidente do CMDCA.
A Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1982, estabeleceu o dia 04 de junho como data para trabalhar a reflexão sobre a violência contra criança, os fatores que predispõem esta violência, o pensar sobre políticas públicas e na sensibilização de profissionais das áreas de saúde, educação, assistência Social.
“Em muitos casos a criança relata a violência como se fosse um acidente e o profissional precisa ter a sensibilidade para perceber se são agressões, conversar com a criança e sentir mais o emocional dela”, relata Marinete.
A presidente do Colegiado da Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescente, Itaci Alves Ferreira, explica que a violência doméstica e sexual é na realidade um fenômeno, principalmente, quando se diz respeito a criança.
“Uma mãe na maioria das vezes não denuncia o pai ou o irmão da vítima. Existe uma conivência familiar. Sabemos que na cidade o local com índice de violência física maior contra a criança é na zona Leste. Sobre o ponto de vista epidemiológico a violência é crescente, não só em Rondônia. Essa é uma característica nacional. Que se deve a uma série de fatores: como um lar de drogadição, com histórico de violência, e se for realizado um acompanhamento em determinada família veremos um histórico de violência que vai se replicando. E o grande desafio da Rede de enfrentamento é quebrar esta cadeia contínua.”
O que fazer?
Caso a criança sofra violência, ou se tenha suspeita da mesma o Conselho Tutelar deve ser informado. Se constatada a violência é realizado o encaminhamento para um dos órgãos da rede municipal de Enfrentamento. “Se houver o estupro de uma criança ela é encaminhada para o Cosme e Damião, se adolescente em caso de mulher vai para a Maternidade Mãe Esperança, de homem para as Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Caso necessite de psiquiatra, psicólogos temos o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps- I). Essa rede tem que ter um olhar sensível, para diariamente detectar casos e atender a estas crianças. Pois as pessoas que em sua maioria proporcionam esta violência são os pais, irmãos, parentes e conhecidos próximos”, explica Itaci.
O Conselho Municipal da Criança e Adolescente está situado na Rua Manoel Laurentino, 2212, Bairro Embratel.
Telefone (69) 3901 2864.
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