Rondônia, 16 de dezembro de 2025
Polícia

Porto Velho é a segunda capital com maior inadimplência no país

A Serasa Experian cruzou dados próprios sobre a porcentagem da população das capitais com dívidas atrasadas e pesquisas de rendimento e desemprego e o resultado comprovou uma associação entre estes números: na maioria dos casos, quanto maior o desemprego e menor o rendimento, maior a inadimplência.

O comparativo considerou os dados da Serasa Experian referentes ao percentual de inadimplentes existentes em cada capital do país, a renda média mensal dos trabalhadores empregados e o desemprego, ambos de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD Contínua – do IBGE, no período de outubro/novembro/dezembro 2015.

A análise mostra que entre as nove capitais brasileiras com os maiores percentuais de inadimplência (Manaus, Porto Velho, Macapá, Palmas, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém), em sete delas (Manaus, Porto Velho, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém) o rendimento está entre os dez piores do país. Cinco delas (Manaus, Macapá, São Luís, Maceió e Belém) concentram as sete taxas de desemprego mais altas.

Manaus (AM), a capital com o maior percentual de dívidas atrasadas do Brasil, (38,1%), tem a sexta maior taxa de desemprego (11,1%) e o décimo pior salário médio (R$ 2.020). São Luís (MA) está em quinto lugar no ranking da inadimplência (36%), foi a segunda que mais desempregou (taxa de 13,5%) e possui a segunda renda nacional mais baixa (R$ 1.609).

Maceió é a oitava capital mais inadimplente do ranking (32,5%), teve a sétima maior taxa desemprego (10,8%) e registra a terceira menor renda brasileira (R$ 1.704). Nona colocada na tabela de inadimplência (31,8%), Belém registrou a quarta maior taxa de desocupação do Brasil (11,8%) e os rendimentos de sua população são os mais baixos entre as 27 capitais (R$ 1.581).

Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento do desemprego e a menor renda reduzem a capacidade de pagamento dos consumidores. Dado que a inflação corrói o rendimento e o desemprego o destrói, o atual ambiente econômico marcado por inflação elevada e desemprego crescente forma uma combinação que pressiona os níveis de inadimplemento.

Por outro lado, Curitiba, na 24ª posição do ranking de inadimplência (24,7%), teve uma das menores taxas de desemprego do país (5,5%) e sustenta a sexta maior renda (R$ 2.858). Florianópolis, a cidade com a menor percentual de inadimplentes entre as capitais brasileiras (22,3%), teve a quinta menor taxa de desemprego do país (5,9%) e seus consumidores recebem, em média, a quinta maior renda brasileira (R$ 2.962). Já São Paulo, capital posicionada no penúltimo lugar da lista de inadimplência (23,9%), tem o terceiro maior salário (R$ 3.368) e foi a 14ª no ranking do desemprego (taxa de 8,9%).

Veja todos os números na tabela:

Capital

Percentual de inadimplentes

Desemprego*

Rendimento*

      Manaus – AM

38,1%

11,1% (6ª maior)

R$ 2.020 (10º menor)

     Porto Velho – RO

37,3%

6,9% (20ª maior)

R$ 1.768 (5º menor)

     Macapá – AP

36,4%

14,6% (1ª maior)

R$ 2.108 (13º menor)

     Palmas – TO

36,2%

5,7% (24ª maior)

R$ 2.081 (12º menor)

     São Luís – MA

36,0%

13,5% (2ª maior)

R$ 1.609 (2º menor)

     Teresina – PI

32,8%

7,7% (18ª maior)

R$ 1.807 (7º menor)

     Boa Vista – RR

32,6%

8,8% (15ª maior)

R$ 2.013 (9º menor)

     Maceió – AL

32,5%

10,8% (7ª maior)

R$ 1.704 (3º menor)

     Belém – PA

31,8%

11,8% (4ª maior)

R$ 1.581 (1º menor)

   Cuiabá – MT

30,6%

7,5% (19ª maior)

R$ 2.303 (16º menor)

   Brasília - DF

30,2%

9,7% (11ª maior)

R$ 3.629 (26º menor)

   Salvador – BA

29,5%

13,3% (3ª maior)

R$ 1.978 (8º menor)

   Fortaleza – CE

28,8%

7,8% (17ª maior)

R$ 1.765 (4º menor)

   Recife – PE

28,4%

9,4% (12ª maior)

R$ 2.469 (19º menor)

   Aracaju – SE

28,4%

10,6% (8ª maior)

R$ 2.394 (18º menor)

   Goiânia – GO

28,0%

6,1% (22ª maior)

R$ 2.352 (17º menor)

   Natal – RN

27,7%

11,5% (5ª maior)

R$ 2.196 (14º menor)

   Rio Branco – AC

27,5%

10,2% (9ª maior)

R$ 1.802 (6º menor)

   João Pessoa – PB

27,3%

9,7% (10ª maior)

R$ 2.208 (15º menor)

   Rio de Janeiro – RJ

27,0%

5,2% (26ª maior)

R$ 2.686 (20º menor)

   Porto Alegre – RS

25,3%

6,9% (21ª maior)

R$ 3.006 (24º menor)

   Belo Horizonte – MG

25,0%

9,3% (13ª maior)

R$ 2.839 (21º menor)

   Vitória – ES

25,0%

8,5% (16ª maior)

R$ 3.951 (27º menor)

   Curitiba – PR

24,7%

5,5% (25ª maior)

R$ 2.858 (22º menor)

   Campo Grande – MS

24,4%

5,2% (27ª maior)

R$ 2.036 (11º menor)

   São Paulo – SP

23,9%

8,9% (14ª maior)

R$ 3.368 (25º menor)

   Florianópolis – SC

22,3%

5,9% (23ª maior)

R$ 2.962 (23º menor)

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