Rondônia, 03 de maio de 2024
Polícia

Presidiários indicavam alvos e regras para ataques a bancos; Mulher de apenado captava criminosos

As ordens e todo o passo a passo que como deveriam ser executados os ataques a agências bancárias em Porto Velho partiam de dentro do presídio, por telefone, e a esposa de um dos apenados era a responsável por captar os criminosos e distribuir as armas utilizadas nas ações, explicou o delegado Marcelo Resen, durante coletiva de imprensa sobre a operação TNT Prime, na manhã desta quarta-feira (15), na Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio.

Três apenados, que cumprem pena na Casa de Detenção Dr. José Mario Alves da Silva, o Urso Branco, são apontados como os chefes da quadrilha. A operação foi deflagrada na manhã de hoje, quando cerca de 40 policiais civis saíram às ruas para cumprir 11 mandados de prisão preventiva em residências e presídios, mas apenas nove foram efetuadas. Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão de documentos e aparelhos celulares.

Conforme o delegado, a investigação começou há dois meses após um roubo a uma agência bancária do Bradesco, localizada na Avenida Prudente de Moraes, e outra do Itaú. “Foi constatado que as ordens para esses ataques saíam de dentro do presídio Urso Branco por três apenados. Eles comandavam as ações, distribuíam as tarefas, diziam quem entrava na agência para colocar os explosivos e quem ficava ao lado de fora fazendo a segurança dos criminosos enquanto eles colocavam as dinamites para explodir”, esclareceu o delegado destacando que as ordens foram cumpridas em ao menos cinco bancos.


Ainda de acordo com o delegado, de dentro do presídio os criminosos detalhavam para os comparsas como deveriam agir na hora de colocar as dinamites dentro dos caixas eletrônicos e agências bancárias. Os apenados também escolhiam as agências que seriam alvos dos bandidos que estavam soltos.

Entre os indiciados na Operação TNT Prime, uma mulher que, segundo a Polícia era ela quem recrutava os criminosos para cometer os ataques. “Ela quem chamava os criminosos e distribuía as armas utilizadas pela quadrilha quando estava solta, já que o esposo dela estava dentro do presídio passando as ordens. Mas, não demorou muito, ela foi presa pelo crime de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Mesmo estando presa, ela continuava agindo de dentro do presídio feminino”, disse Marcelo Resen.

Os policiais apuraram que os criminosos estão envolvidos nos crimes de tráfico de drogas, roubos e alguns homicídios que estão sendo apurados pela Delegacia de Homicídios, para saber se algum dos presos tem envolvimento direto ou indireto nos casos, que não foram divulgados.

Dos 11 indiciados nesta quarta-feira, sete já estavam presos. Os membros da organização criminosa foram identificados como Bruno S.R., Rayel G.M., Eder M.A., Vitor N.O., Sabrina A.M., Rarison D.P.S., Jhonatan R. A., Gabriel F.M.P, Hecton C. S., Gabriel P. C. e Matheus S.S.

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