Rondônia, 23 de dezembro de 2024
Polícia

PRESOS EM BURITIS FORMAM PERIGOSA QUADRILHA E NÃO SÃO CAMPONESES, DIZ DELEGADO

O delegado de polícia do município de Buritis, Iramar Gonçalves, negou as acusações de abuso policial relatadas pela Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia (LCP), nesta quarta-feira. Segundo ele, os suspeitos presos durante uma operação realizada no Distrito de Jacinópolis, no trecho que compreende a Linha 5 e a BR 421, na área de Capivari, estão muito longe de serem considerados camponeses. “Trata-se de um grupo de extermínio cruel e violento. Esses homens fazem parte de uma quadrilha especializada em roubar, assaltar e matar qualquer um que não obedeça a uma lei imposta por eles naquela região, a lei do silêncio”, explica.



Segundo o delegado, foi durante uma ação de busca e apreensão na casa de Marcos de Oliveira, que a mulher citada pela LCP foi atingida acidentalmente. “Esse rapaz, ao perceber a chegada da polícia tentou fugir para dentro de sua casa. Tiros foram disparados para conter a fuga de Marcos e um deles acabou acertando a perna de sua companheira quando esta tentou ajudá-lo a fugir. Não existiu truculência alguma por parte da polícia, apenas agimos de acordo com as informações de que se tratava de um grupo fortemente armado”, explicou.

Entre os acusados, três são da mesma família. São eles, Adelson Siqueira, conhecido por “Dé”, o irmão, Edmilson Siqueira, conhecido por “Saracura”, o pai, Floriano Siqueira, além de Marcos de Oliveira Martins, o “Marquinhos, Rickson da Silva, também conhecido como “Carreirinha”, Josias Alves e Almir Sousa Silva. “Assim que recebemos as informações da Unidade Integrada de Segurança Pública, Unisp, em Ariquemes iniciamos uma série de investigações. No dia 10 desencadeamos a operação com o apoio da Polícia Civil e Militar”, informou o delegado.

Segundo o delegado, foi durante uma ação de busca e apreensão na casa de Marcos de Oliveira, que a mulher citada pela LCP foi atingida acidentalmente. “Esse rapaz, ao perceber a chegada da polícia tentou fugir para dentro de sua casa. Tiros foram disparados para conter a fuga de Marcos e um deles acabou acertando a perna de sua companheira quando esta tentou ajudá-lo a fugir. Não existiu truculência alguma por parte da polícia, apenas agimos de acordo com as informações de que se tratava de um grupo fortemente armado”, explicou.

Durante a operação foram presos, Marcos de Oliveira Martins, Josias Alves, Floriano Siqueira e Almir Sousa Silva, este último, proprietário de um pequeno comércio em Jacinóplis é acusado de ser o olheiro da quadrilha. “Era ele o responsável em passar aos demais integrantes, todos os passos da polícia dentro do distrito”. O restante da quadrilha esta foragida.

Ainda segundo o delegado Iramar Gonçalves, os integrantes Adelson, Edmilson e Marcos são suspeitos incondicionais pelos assassinatos de Paulo Roberto Garcia, Francisco Pereira do Nascimento, Sérgio Siqueira, João Ferreira de Matos, Severino Barbosa da Silva, Júnior Cesário de Oliveira e de sua esposa, que teria presenciado a morte do marido e reconhecido Adelson, Maria do Carmo da Silva.

Para o delegado, a prisão de parte da quadrilha que se encontra na delegacia de Buritis pode comprometer a segurança da cidade. “Já fomos informados de que um grupo está sendo formado para o resgate. Pela quantidade de armas e munições apreendidas durante a ação, imaginamos que o risco de um combate entre quadrilheiros e polícia, não está descartado”, declarou.

O delegado, que tem sua delegacia responsável pelos inquéritos de Jacinópolis por determinação do Tribunal de Justiça, pede ao Governo do Estado, uma posição sobre a segurança pública de uma das regiões mais violentas de Rondônia. “Há mais de dois anos estamos reivindicando a instalação de um quartel da Polícia Militar naquela região. Aquilo virou uma terra sem lei, onde matadores mandam na cidade e a lei do silêncio impera entre os que temem pela própria vida. De dois anos pra cá, registramos mais de 40 assassinatos, a própria população pede por socorro”, concluiu.

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