Rondônia, 13 de outubro de 2024
Polícia

QUADRILHA ERA INVESTIGADA HÁ MAIS DE UM ANO; 10 SÃO SERVIDORES PÚBLICOS

Depois de um ano de investigações com apoio de instituições financeiras e do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança a Operação Camaleão resultou no cumprimento de 19 prisões preventivas e seis temporárias.



A operação, coordenada pelo diretor geral da Polícia Civil, delegado Moriô Ikegawa, contou com 204 policiais civis e 42 delegados. Além dos mandados de prisão foram realizadas três prisões em flagrante, um por porte ilegal de arma, outro por uso de documento falso e uma recaptura de foragido.

Até a manhã desta quarta (03), 19 pessoas foram presas, destas 17 tiveram os nomes divulgados. Foram presos quatro funcionários do DETRAN, três dos Correios, um do DER, um policial militar e um policial civil. Segundo informou o secretário de segurança, Evilásio Silva Sena, duas prisões devem ser efetuadas fora do Estado. “São pessoas que estão viajando”, acentuou.

A operação, coordenada pelo diretor geral da Polícia Civil, delegado Moriô Ikegawa, contou com 204 policiais civis e 42 delegados. Além dos mandados de prisão foram realizadas três prisões em flagrante, um por porte ilegal de arma, outro por uso de documento falso e uma recaptura de foragido.

Veículos e objetos de procedência duvidosa, encontrados nas residências dos suspeitos também foram apreendidos. Segundo o delegado, as investigações continuam e novos mandados de prisão devem ser cumpridos em todo o Estado. “A polícia de Rondônia está em fase de estruturação e já apura grandes delitos e cartéis em todo o interior”, enfatiza.

Segundo as investigações, os carteiros envolvidos no esquema desviavam cartões de crédito e talões de cheques. Em seguida, um policial militar, uma policial civil ou funcionários do DETRAN se utilizariam do serviço de banco de dados do governo para ter acesso ao registro dos usuários para desbloquear os cartões.

Correspondências das empresas fornecedoras dos cartões também eram desviadas, para que os estelionatários tivessem acesso a senha de desbloqueio. Desbloqueados, os cartões eram usados em compras fraudulentas. O prejuízo total não foi estipulado, mas pode ultrapassar a casa dos milhões. Ainda segundo as investigações, comerciantes, inclusive donos de postos de combustíveis, também estariam envolvidos no golpe.

Outro golpe aplicado pela quadrilha usava a polícia para dar prejuízo a comerciantes. Segundo denúncia, a quadrilha registrava, em algum DP (Distrito Policial), a perda de documentos, depois fazia compra no comércio e não pagava. Quando a conta era protestada pela empresa o estelionatário entrava com ação de danos morais. “Relatório contém mais de mil páginas”, destacou Moriô Ikegawa.

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