Rondônia, 22 de dezembro de 2024
Polícia

Tiro nas costas: operação do MP prende envolvido em assassinato de homem na capital

Um homem, envolvido no assassinato de Thiago Lobo Hilorca, ocorrido no dia 18 de março em Porto Velho, foi preso durante operação realizada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), autorizada pelo Tribunal de Justiça, além de buscas, determinadas pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho.

Segundo o MP, as diligências eram necessárias para instruir ação penal ajuizada pela 39ª Promotoria de Justiça e referente ao homicídio que vitimou Thiago. Um dos réus presos e outros dois comparsas ainda não identificados mataram a vítima a tiros, supostamente motivados por “acerto de contas”, “devido ao fato de a vítima ter participado do roubo de um veículo, dinheiro, outros bens de valor e 23 kg de “crack”, diz o MP em nota. “O acusado e seus comparsas teriam sequestrado a vítima, a levado para outro local e a executado. Ele chegou a ser preso preventivamente a pedido da Polícia Civil, durante a investigação, mas teve a liberdade concedida pela 1ª Vara do Tribunal do Júri na sentença de pronúncia, que admitiu a acusação e determinou a submissão do caso ao julgamento pelo Tribunal do Júri Popular”.

O Ministério Público, inconformado, recorreu ao TJRO. Os desembargadores acataram os argumentos no recurso da 39ª Promotoria de Justiça e determinaram a expedição de novo mandado de prisão preventiva. Para viabilizar o cumprimento do mandado de prisão foi necessária a emissão dos mandados de busca para permitir a entrada nas casas e locais onde o procurado estaria escondido, o MP requereu judicialmente e o Juízo da 1ª Vara deferiu o pedido, cumpridos pelas equipes do setor operacional do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRO (GAECO). Foram realizadas várias diligências preparatórias e monitoramento até localizar o esconderijo do foragido em uma localidade situada na zona rural da capital.

Durante o cumprimento foram encontradas duas armas de fogo e munições de uso permitido na posse do acusado, devidamente registradas no Exército Brasileiro, pois ele seria licenciado como caçador, atirador desportivo e/ou colecionador de armas de fogo (CAC). Porém, foi encontrado um revólver calibre 38 sem registro e sem licença emitida pela autoridade competente, sob a posse de outro homem que se encontrava em um dos locais de busca e restou preso em flagrante delito pela prática do crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 12 do Estatuto do Desarmamento).

O acusado do homicídio duplamente qualificado aguardará preso a sessão de julgamento pelo Tribunal do Júri Popular e, se condenado, poderá receber uma pena privativa de liberdade de 12 a 30 anos de reclusão.

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