Trabalhadores ocupam Câmara para protestar contra suspensão do contrato de limpeza de Porto Velho
Cerca de 120 trabalhadores da empresa TB, contratada pela Prefeitura de Porto Velho para ajudar em parte da limpeza da cidade, ocuparam a galeria do plenário da Câmara de Vereadores para protestar contra a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que suspendeu a continuidade do contrato. Segundo eles, o protesto é direcionado à vereadora Elis Regina, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindeprof), que recorreu ao TCE exigindo que a Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) explique o motivo da contratação e ainda informe onde estão lotados todos os garis da pasta.
O encarregado Tadeu Ribeiro conta que a empresa informou que a partir de hoje o trabalho seria suspenso e logo após, reuniu o outros trabalhadores e para protestar. “O nosso trabalho é um, o dos garis é outro. Nós estamos ajudando, reestruturando Porto Velho. Ninguém está tomando o trabalho de ninguém. A população está gostando e agora está se revoltando com essa pessoa que quer nos impedir de trabalhar. São 150 pais e mães de família que vão ficar desempregados. O poder público é ajudar o povo, é empregar o povo, não desempregar”.
O operador de máquinas Ismael Oliveira dos Santos é casado, pai de três filhos e o único responsável pelo sustento da família. Ele conta que o serviço vem sendo elogiado pela população. “Estávamos na Avenida Calama e muita gente agradecendo, dando apoio. Ontem mesmo encontramos duas cobras dentro do lixo na rua mesmo e os moradores agradeceram. Agora, como vamos fazer? Ficar desempregados? Não estamos atrapalhando ninguém?”, questiona o trabalhador.
Socorro Ferreira é outra contratada que foi afetada pela decisão do TCE. Revoltada ela diz que há muito tempo procurava por um emprego. “Sempre tem uma pessoa para prejudicar a gente. Esses vereadores deveriam ajudar a população. A vereadora se quer ganhar voto está difícil. Ela está deixando muita gente desempregada. Todo dia é muita gente no Sine, procurando emprego. Quando abre uma porta aparece alguém pra prejudicar. Essa empresa veio para somar, não para tirar emprego das pessoas”
O secretário da Semusb, Eduardo Damião, diz que recebeu a notificação ainda na terça-feira. “Já na quarta-feira assinei a ordem de paralisação do serviço para e empresa. Agora, o TCE me deu 15 dias para apresentar as justificativas para os questionamentos. E é isso que já estamos fazendo e com certeza entregaremos antes do prazo”, afirma.
A vereadora Elis Regina não retornou às tentativas de contato via telefone celular desde o final da manhã desta quarta-feira.
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