Rondônia, 30 de abril de 2024
Polícia

Um dos acusados de matança em Colniza foi preso em Rondônia

Paulo Neves Nogueira, Pedro Ramos Nogueira e Ronaldo Dalmoneck que ainda está foragido

A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso divulgou, em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (2), que quatro homens são suspeitos de serem os executores da chacina na região de Colniza, aonde 9 pessoas foram assassinadas.

Três dos executores já foram identificados, sendo dois presos, com prisão preventiva, e o quarto ainda sem identificação.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o dono de uma madeireira seria o suspeito de ser o mandante.

Ele está foragido, com prisão temporária decretada. O delegado Marcelo Miranda, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que esteve presente na coletiva de imprensa, disse que o suspeito encontra-se foragido, e existe a possibilidade para que ele se entregue.

Os dois suspeitos de serem os executores, foram presos nesta segunda-feira (1). Eles não apresentaram resistência no momento da prisão.

Os dois executores presos foram identificados como Pedro Ramos Nogueira, conhecido por Doca, e o sobrinho dele, Paulo Neves Nogueira. Um foi preso em um distrito de Machadinho D’Oeste, em Rondônia, e o outro em Mato Grosso.

Eles foram interrogados ontem à noite e a Secretaria de Segurança não divulgou o local aonde ele se encontram reclusos.
O terceiro executor está foragido é Ronaldo Dalmoneck, o Sula, de 33 anos. A polícia suspeita que ele foi o responsável pela decapitação de algumas das vítimas.

Os delegados acreditam que a motivação do crime seja por causa da extração de madeira no local, que em tese, seria ilegal.

O local aonde o conflito acontece também é rica em minério (ouro).

Durante a coletiva, Rogers Jarbas disse que existem pelo menos 100 mil famílias no Estado em busca de título de terras.

Por causa disso, muitas áreas em Mato Grosso passam por conflito.

O secretário não quis evidenciar quais seriam esses locais.

Ele também destacou que a Secretaria de Segurança Pública não tinha conhecimento da situação que ocorria em Taquaruçu do Norte, região de Colniza, palco das mortes.

Uma força-tarefa composta por 50 agentes públicos está na região trabalhando na investigação dos crimes.

E além das ações envolvendo a segurança pública, outras medidas serão implementadas pelo Governo do Estado em diferentes áreas de atuação para atender demandas da população local.

Além de um delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também fazem parte da equipe três investigadores, um escrivão de polícia e mais três peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), especializados em local de crime e balística.

Este grupo faz parte da segunda etapa da força-tarefa composta por 50 agentes do Estado que estão no local para esclarecer a autoria dos nove homicídios e buscar a prisão dos criminosos.

Os crimes

Um grupo de pessoas encapuzadas invadiu uma gleba na localidade de Taquaruçu do Norte no fim da tarde de quarta-feira (19.04) e assassinou nove pessoas com tiros e golpes de facão.

A gleba fica distante cerca de 250 km da sede do município de Colniza (1.065 km de Cuiabá) no noroeste de Mato Grosso.

A localidade fica isolada em uma região de floresta sem qualquer tipo de comunicação, seja por rádio ou telefone celular.

As vítimas foram identificadas pela equipe da Politec, composta por médico legista, papiloscopista e técnico de necropsia como:

Izaul Brito dos Santos, de 50 anos, Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos, Samuel Antônio da Cunha, 23 anos, Francisco Chaves da Silva, 56 anos, Aldo Aparecido Carlini, de 50 anos, Edson Alves Antunes, 32 anos, Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos e Sebastião Ferreira de Souza, 57 anos, que era pastor da Assembleia de Deus.

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