Veja lista de presos: MP e Polícia detalham alvos da segunda fase da Operação Pau Oco
O diretor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), procurador de Justiça Cláudio Wolff Harger; o delegado-geral da Polícia Civil do Estado de Rondônia, Samir Fouad Abboud e o Procurador do Ministério Público de Contas, Adilson Moreira de Medeiras, concederam entrevista coletiva para explicar os alvos da segunda fase da Operação Pau Oco, a “Teste de Sabre”.
Na operação, desencadeada na manhã desta sexta-feira (12), foram cumpridas oito mandados de prisões preventivas e 45 mandados de busca e apreensão, envolvendo cerca de 225 policiais civis, integrantes do GAECO e da 14ª Promotoria de Justiça (Curadoria do Meio Ambiente) do Ministério Público do Estado de Rondônia, e do Ministério Público de Contas.
Os presos são Atila Lima e Silva (ex-servidor da Sedam), Dagoberto Pereira dos Santos (ex-assessor parlamentar), Dario de Souza Lopes e Rafael da Silva Martins (donos da empresa de madeireira BDX), Flávio Augusto Tiellet (trabalhava na ex- governadoria), Dilmar Brangnole, Jeferson Honorato de Carvalho e Niclaudo de Souza da Silva.
O diretor do GAECO, Cláudio Wolff Harger, explicou que o esquema consistia na emissão de autorização fraudulentas para exploração de madeira em áreas de conservação, envolvendo segmentos da administração pública, resultando em evasão fiscal e devastação das áreas de conservação. “Esquentada, a madeira ia para madeireiras para serem exportadas e, para manter esse mecanismo, havia circulação de propina. ”, explicou Cláudio Wolff Harger. Ele acrescentou que assim como na primeira fase da operação, deflagrada em novembro de 2018, o Ministério Público do Estado de Rondônia deu apoio à Polícia Civil e continuará dando apoio. “Nossa equipe do GAECO, constituída também de delegados e policiais civis, participou do esforço da investigação, com cinco promotores, apoiado também pelo Ministério Público do Tribunal de Contas. Com esse trabalho, estamos conseguindo debelar essa organização”, acentuou o diretor do GAECO.
O procurador do Ministério Público de Conta, Adilson Medeiros, explicou que o trabalho do Ministério Público de Contas se deu a título de colaboração à Polícia Civil e ao Ministério Público do Estado, para fazer as investigações de forma não insular, mas compartilhada. “A participação nossa se deu na seleção de quais documentos deveriam ser colhidos, de modo que essa busca seja mais seletiva e mais eficiente. E, posteriormente, na análise desses documentos, poderemos até quantificar os danos que o erário pode ter sofrido”, salientou Adilson Medeiros.
Gestão de Daniel Pereira
De acordo com o delegado diretor geral da Polícia Civil do Estado, Samir Fouad, os policiais descobriram que a fraude começou em abril de 2018, durante a gestão do ex-governador Daniel Pereira. “Os servidores tinham contato com empresários do ramo de madeireiras e montaram um esquema para colocar a mão nos cofres públicos”, disse o diretor.
Já o procurador Cláudio Wolff Harger ressaltou que não há como se afirmar que o esquema teve a participação do ex-governador Daniel Pereira, mas confirmou que houve mandando de busca e apreensão na casa dele.
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