Vídeo: Em depoimento, mulher acusada de mandar matar marido carbonizado diz que era apenas amiga da vítima
Presa no dia 19 de setembro como principal suspeita de ter arquitetado a morte do marido, Wilmar Batista de Souza, 56 anos, Cleonice Pereira de Naréssi, 40 anos, prestou novo depoimento ao delegado Sandro Moura, da Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes Contra a Vida (DECCV) nesta terça-feira.
Segundo o delegado Sandro Moura ela negou envolvimento no crime e disse que não era casada e nem mantinha relacionamento amoroso com a vítima.
A mulher foi presa em uma clínica de estética. Já o corpo da vítima foi encontrado carbonizado no Ramal Maravilha, no dia 10 de junho deste ano. Wilmar Batista foi assassinado com duas facadas no coração que ainda estavam cravadas no corpo quando foi encontrado.
“Agora ela nega qualquer tipo de relacionamento amoroso com ele. Disse apenas que o conhecia, que eram amigos e que ela o ajudava muito porque ele seria dependente químico e ela o ajudava em relação a isso. Mas ela diz que não sabe de nada e não teve nenhum tipo de envolvimento com a morte dele”, afirma Sandro Moura.
Ela foi ouvida durante a manhã desta terça-feira, acompanhada do advogado. Apesar de negar participação, o delegado afirma que as investigações apontam para o envolvimento dela no crime. “O que ela fala é diferente do que a investigação apontou até agora, mas será ouvida em outros momentos que oportunizará que mude a própria versão. Assim, agora, ela não colabora muito para esclarecer os fatos, mas isso é uma opção pessoal dela. O advogado a orientou muito bem, juridicamente ela está bem assessorada, agora as opções da versão dela, é ela quem está escolhendo”, diz.
Ainda segundo o delegado, o laudo da perícia deve ser concluído esta semana. “Mas já conversamos sobre a dinâmica dentro da casa, então a versão apresentada por ela não ajuda em nada, uma vez que ela diz que não aconteceu dentro da casa e a perícia mostra que ocorreu lá”.
Além das provas da perícia na casa, a Polícia ainda tem imagens de câmeras de segurança que mostram quem pessoa, utilizando o cartão da vítima e ainda gravações telefônicas interceptadas, onde o filho de Cleonice avisa que a Polícia já descobriu tudo. “Ela diz que não sabe quem utilizou o cartão bancário da vítima, diz que estava com ela e nunca esteve com outra pessoa, mas imagens de câmeras de segurança mostram outra pessoa usando que ela diz desconhecer. Sobre o filho, já tem um apuratório e ele deverá ser ouvido novamente. Já existe prova material da ligação do filho no caso, mas ainda vamos ouvi-lo pra poder falar”.
O delegado ainda informa que o carro da vítima, que tinha sido vendido já foi encontrado. As pessoas envolvidas no comercialização reconheceram Cleonice e outra pessoa como as que revenderam o veículo, “tem prova da transação, então, a prisão temporária está sendo aproveitada na investigação”.
A prisão temporária de Cleonice termina no dia 18 de outubro.
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