Vídeo: Foragido que intermediou morte de comerciante a mando do filho se apresenta, é preso e nega acusação
O foragido Chewdon Jeovane Batista Justiniano Cuellar, de 18 anos, se apresentou acompanhado com um advogado na Delegacia de Homicídios de Porto Velho na manhã desta quarta-feira (26). Ele é apontado como o intermediador da morte do comerciante Juscelino Fontelle Magalhães, de 46 anos, ocorrido na madrugada do dia 10 de maio, no Bairro Socialista, na Zona Leste de Porto Velho. A morte do trabalhador foi encomendada por R$ 20 mil pelo próprio filho de 16 anos.
Durante o depoimento, acusado negou para a delegada Leisaloma Carvalho Resem, ter participação no crime, mas vai ficar preso em decorrência de um mandado de prisão temporária. “Foi ele quem arquitetou tudo juntamente com o filho da vítima para que os demais cometessem o crime. Ele nega participação, mas nós temos provas no inquérito que ele era o intermediador do crime que terminou com a morte do trabalhador", detalhou a delegada.
No último dia 19, o atirador Adelson Góes dos Santos, de 44 anos, foi preso no município de Itapuã do Oeste, confessou ter atirado na cabeça da vítima e disse que todo o crime foi encomendado e arquitetado pelo filho do comerciante. Ele disse ainda durante seu depoimento e para a imprensa, que a ideia de forjar um assalto que terminaria com a morte do comerciante também partiu do adolescente. O criminoso relatou que iria receber R$ 10 mil para executar a vítima.
Outro envolvido no crime e apontado como o piloto da motocicleta que levou o atirador até o comércio foi identificado como Antônio Edson Oliveira Ferreira, de 27 anos, e está preso desde o dia 29 de maio.
O motorista de aplicativo Ualisson Nascimento da Silva apontado como o condutor do Hb20 que levou Chewdon e Antônio para as proximidades do comércio, também já está preso. Antes de ser preso, o criminoso foi ouvido pela delegada, negou ter participação no crime, mas as investigações avançaram e os investigadores descobriram que ele sabia de tudo.
A delegada Leisaloma Carvalho Resem disse que as investigações vão continuar para saber se outras pessoas participaram do crime.
O plano de execução
Durante as investigações, os policiais conseguiram desvendar como o criminoso arquitetou a morte do pai. O adolescente contratou os criminosos oferecendo R$ 20 mil para que eles executassem seu pai.
Três homens participaram do crime, Chewdon Jeovane ficou responsável por intermediar o crime, o motorista de aplicativo Ualisson Nascimento levou o atirador Adelson Góes até as proximidades do local onde ele saiu do carro, montou na motocicleta de Antônio Edson e os dois seguiram até o comércio para colocar o plano em prática. Fora do comércio, o adolescente criminoso ficou dando suporte para os comparsas.
No dia do crime, câmeras de segurança registraram o momento em que o filho do comerciante estava na frente no comércio mexendo no aparelho celular e mantendo contato com os criminosos. Em seguida a dupla passa em frente ao local em uma motocicleta, vai para a rua ao lado do comércio e espera o adolescente dar o sinal.
Minutos depois, o menor olha para verificar onde os criminosos estão e levanta os dois braços dando o sinal para os assassinos. Em seguida, os homens chegam, abordam todos que estão na frente do comércio, inclusive o adolescente, e ordenam que todos deitem no chão.
Ao perceber que era um assalto, Juscelino ainda tenta sair do comércio, mas é impedido pelos criminosos que o mandam retornar. A vítima obedece, entra e vai para os fundos do estabelecimento, mas um dos criminosos segue o comerciante, efetua um disparo na cabeça da vítima e os dois fogem.
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