Amir Lando cobra responsabilidades das usinas e do governo federal

O deputado federal Amir Lando (PMDB-RO) voltou à tribuna do plenário da Câmara dos Deputados para cobrar do governo federal e das usinas de Jirau e Santo Antônio as responsabilidades e providencias para socorrer milhares de pessoas que estão desabrigas, por conta da cheia histórica do Rio Madeira. No início da semana, o nível da água subiu para 19,53cm, segundo a Defesa Civil Estadual.
Amir Lando disse que as usinas já foram condenadas pela Justiça, mas as indenizações não chegaram às famílias atingidas. “O que Rondônia quer são recursos para acudir essa gente que está desamparada, no meio de tanta água que está contaminada, inclusive pelos gases, pelas resinas das madeiras que invadiram a floresta, sacrificando os animais silvestres, sacrificando essa fauna que deveria ser preservada, numa verdadeira catástrofe ecológica”, disse o parlamentar.
O parlamentar lembrou a recente ajuda do governo federal, mas cobrou mais eficiência e recursos prometidos para o Estado. “A infraestrutura logística foi fornecida. A solidariedade de milhares de brasileiros e de rondonienses para fazer face às despesas com os desabrigados está acontecendo, mas nós queremos que se olhe agora, imediatamente, não se pode esperar para amanhã. Se quem tem fome tem pressa, quem está afogado tem mais pressa ainda!”, exclamou.
Ainda no pronunciamento, Amir Lando defendeu a presença das usinas de Jirau e Santo Antônio, mas condenou a falta de planejamento para a construção delas. “Eu não sou contra as hidrelétricas. O problema é que elas foram feitas de forma atabalhoada, sem um estudo profundo e que tiveram um impacto ecológico e ambiental negativos”, lembrou.
Para finalizar o seu pronunciamento, Amir Lando reforçou a necessidade de se fazer obras complementares nas usinas. “Não podemos permitir que essa catástrofe aconteça novamente. O Brasil precisa de energia e nós queremos produzir energia para o País. Mas Rondônia não suporta mais, de maneira tão violenta, tão drástica, afetada por obras que realmente precisavam ser melhor estudadas”, concluiu.