CLÁUDIA E CIRA MOURA PEDEM PARA SAIR DO GOVERNO

As irmãs do governador Confúcio Moura (PMDB), Cláudia e Cira Moura, secretárias de Assistência Social (SEAS) e Assuntos Estratégicos, entregaram nesta quarta-feira, 5, pedido de demissão em caráter irrevogável ao chefe do Executivo. A exoneração das duas irmãos assessoras foi pedida pelos deputados estaduais há mais de uma semana, depois que estourou o escândalo do esposo de Cláudia Moura, Francisco de Assis, que teria recebido 12 cheques da empresa Multimargem, cujo único cliente era o Governo de Rondônia. A denúncia foi apresentada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), que tentou coletar 8 assinaturas para abrir a CPI dos Consignados. O esforço do parlamentar foi em vão porque o Governo através do diretor-geral do DER, Lúcio Mosquini, abafou a CPI prometendo a demissão das irmãs, indicação de 4 secretarias, 1 mil cargos comissionados, liberação de R$ 24 milhões em emendas e a manutenção do médico Jean Negreiros na direção do Hospital de Base. Das promessas dos interlocutores de Confúcio, apenas parte das emendas foram liberadas. As irmãs continuavam em seus cargos e Jean Negreiros foi demitido pelo secretário Williames Pimentel (Saúde). A situação de Cláudia na SEAS piorou com o encaminhamento da mensagem do Executivo a Assembleia pedindo que a sua pasta ficasse com a execução de cerca de R$ 1 bilhão do PIDISE – Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão SocioEconômica do Estado de Rondônia. A SEAS seria responsável, por exemplo, pela revitalização da usina de calcário e a construção de novos presídios. “Se tivesse nas mãos de gente séria, nós não teríamos preocupação. Mas a Cláudia é esposa de Assis, o cunhado, acusado de fazer mutretagem no Governo”, disse Hermínio.