Rondônia, 12 de janeiro de 2025
Política

Confira matéria oficial do TSE confirmando julgamento de Cassol

Pedido de cassação do governador de Rondônia está na pauta de julgamentos do TSE desta terça-feira (24)



Cassol e seu vice foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia no dia 4 de novembro do ano passado juntamente com o senador Expedito Júnior (PR-RO), pelos mesmos motivos, dentro de outro processo. O TRE entendeu que os então candidatos teriam feito depósitos bancários no valor de R$ 100 para os eleitores em troca de votos. Essa cassação é objeto de recurso no TSE, o RO 2295.

De acordo com a acusação, o governador integraria um esquema de contratação de funcionários de uma empresa de vigilância, às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006, para trabalhar como "formiguinhas" - nome dado a cabos eleitorais -, o que caracterizaria a compra de votos.

Cassol e seu vice foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Rondônia no dia 4 de novembro do ano passado juntamente com o senador Expedito Júnior (PR-RO), pelos mesmos motivos, dentro de outro processo. O TRE entendeu que os então candidatos teriam feito depósitos bancários no valor de R$ 100 para os eleitores em troca de votos. Essa cassação é objeto de recurso no TSE, o RO 2295.

Liminar

Dois dias após o julgamento do TRE, o ministro Arnaldo Versiani, relator do processo, concedeu uma liminar para que o governador permanecesse no cargo até a publicação da decisão daquele tribunal sobre o recurso apresentado naquela instância. Posteriormente, renovou a liminar para garantir a permanência até o julgamento do recurso por parte do TSE. Tudo isso porque após o julgamento, o tribunal regional determinou a saída do cargo bem como convocou novas eleições.

Parecer

O Ministério Público Eleitoral (MPE) já enviou o seu parecer sobre o caso para o TSE e defendeu a cassação do governador e do vice. Para o MPE, há evidências de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico durante a campanha ao governo estadual nas eleições de 2006.

O parecer cita os depoimentos de cinco testemunhas, confirmando que funcionários de uma empresa de vigilância que prestava serviços para o governo de Rondônia teriam sido abordados, durante o período eleitoral, com propostas para votarem no candidato Ivo Cassol e em outros três nomes, em troca de R$ 100. Segundo os depoentes, para a formalização do “negócio”, os vigilantes teriam sido obrigados a assinar contratos de prestação de serviços - apelidados de contratos “formiguinha”.

O MPE cita também inquérito da Polícia Federal que confirmou, por meio da quebra de sigilo de funcionários da empresa de vigilância autorizada pela Justiça, que centenas de depósitos de R$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil, entre a tarde do dia 28 e a manhã do dia 29 de setembro de 2006 – uma semana antes do dia das eleições, ressaltou o Ministério Público em seu parecer. A investigação possibilitou, ainda, a identificação dos responsáveis pelos depósitos e suas ligações com o então senador Expedito Júnior e com o governador Ivo Cassol.

Defesa

A defesa do governador afirma que as provas são insuficientes para determinar a cassação do mandato e que não houve abuso do poder econômico nem político. Além disso, afirma que os fatos que integram o processo contra o governador foram importados de outros inquéritos, “todos instaurados após as eleições para apurar fatos também posteriores ao pleito”.

Julgamento

O julgamento terá início com a leitura do relatório do ministro Versiani e em seguida haverá espaço para a manifestação do Ministério Público Eleitoral. O próximo passo será ouvir a defesa que terá seu tempo para a sustentação oral e só então o relator submete o seu voto a apreciação dos demais ministros da Corte.

SIGA-NOS NO

Veja Também

DER inicia manutenção na ro-377 em São Francisco do Guaporé atendendo indicação da deputada Lebrinha

Prefeito demite 16 comissionados da extinta Agência Reguladora, denunciada como cabide de emprego

Justiça suspende leis que aumentaram salários do prefeito, vice, secretários e vereadores em Jaru

Vereadora Ellis Regina vai pedir retorno da Secretaria Municipal de Agricultura